segunda-feira, 8 de abril de 2013
Foram detectados no espaço os primeiros indícios de matéria escura
Os
 primeiros resultados oferecidos pelo Espectrômetro Magnético Alfa 
(AMS),  podem indicar os primeiros sinais da existência de matéria 
escura. 
O instrumento utilizado para medir radiações cósmicas, AMS, custou 4 bilhões de  reais e está instalado na Estação Espacial Internacional (ISS),A
 matéria escura é uma substância invisível, correspondendo a cerca de um
 quarto  do Universo. É difícil de detectar, exceto quando muito 
raramente interage com a  matéria visível. As evidências sobre a matéria
 escura são hipotéticas e baseadas  em técnicas experimentais e 
observações de astrofísicos. Segundo
 as leis da Física, as estrelas, planetas, deveriam se movimentar  
lentamente à medida que se afastam do centro, porém, para as equações da
 física  fazerem sentindo, existe uma força adicional identificada por 
ser a matéria  escura. 
Instalado
 desde Maio de 2011, os dados do AMS detectaram mais presença de  
antimatéria do que matéria. Além disso, o instrumento fornece evidências
 para um  novo fenômeno físico, partículas de alta carga energética 
formada por elétrons e  pósitrons juntos, o que pode ser um ponto de colisão entre partículas de matéria  escura. O AMS detectou em um ano e meio, cerca de 25 bilhões de raios cósmicos, desses  6,8 milhões são elétrons e pósitrons,
 incluindo 400.000 pósitrons avaliados  separadamente. Esta é a maior 
coleção de partículas de antimatéria registrada no  espaço. Os dados 
indicam aumento na energia dos pósitrons, mas sem variações  
significativas no tempo ou direção.
 Estes
 resultados são consistentes com a ideia de que os pósitrons são  
provenientes da aniquilação de partículas de matéria escura no espaço, 
mas ainda  não são suficientemente conclusivos para descartar outras 
explicações. "Nos  próximos meses, o AMS será capaz de nos dizer com certeza se esses pósitrons são  sinais de matéria escura ou se eles têm outra origem", explicou Samuel Ting,  ganhador do Nobel e porta-voz dos estudos.Segundo um artigo publicado por Garisto, editor da revista de física Physical  Review Letters:
  “Não
 importa o que as medições AMS finalmente anunciem - seja a matéria 
escura  ou algo mais - os resultados não teriam sido possíveis sem a 
plataforma da  Estação Espacial Internacional, um laboratório orbital 
que custou 100 bilhões de  dólares, onde uma equipe de três a seis 
astronautas trabalham em tempo integral.  AMS coleta partículas de raios
 cósmicos, que são abundantes no espaço, embora em  grande parte 
bloqueados na Terra pela atmosfera do nosso planeta.
 Uma das explicações principais para a matéria escura é que ela é feita 
de  partículas chamadas de WIMPs (partículas massivas de interação), são
 pensados  para serem os seus próprios parceiros de partículas 
antimatéria. 
Quando
 matéria  e antimatéria se encontram, elas destroem umas as outras. A 
procura por mais  informações sobre WIMPs foi uma das principais 
motivações para a construção do  Espectrômetro Magnético Alfa. O 
instrumento consegue detectar a matéria escura,  e os cientistas dizem 
que estão satisfeitos com os primeiros resultados da AMS  até agora. "Estou confiante de que esta é apenas a primeira de muitas descobertas  científicas que permitiram mudar a nossa compreensão do Universo", disse o  administrador da NASA, Charles Bolden, através de um comunicado.
Fonte: Jornal Ciência

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