sábado, 23 de março de 2013

Paraguai: Vendas irregulares de terras indígenas

Pedem que seja preso servidor paraguaio por vender terras indígenas PDF Imprimir E-Mail
  
Imagen activaAssunção, 23 mar (Prensa Latina) Organizações defensoras dos direitos dos indígenas paraguaios reclamaram a destituição e encarceramento de um alto servidor público do governo por vender ilegalmente terras pertencentes a essa comunidade, prática repetidamente denunciada neste país.
A imputação afeta Rubén Quesnel, nada menos que presidente do Instituto do Indígena (Indi), organismo criado precisamente para ajudar aos agrupamentos de nativos existentes no Paraguai.

Quesnel, várias vezes acusado de ceder terrenos sobre os quais têm prerrogativas ancestrais algumas dessas comunidades, autorizou pessoalmente a venda de 25 mil hectares pertencentes aos Cuyabia, integrante do povo Ayoreo.

A transação comercial fez-se a favor de uma mulher que, mediante resolução oficial do INDI, passou a apropriar das terras e legalizou essa posse no departamento de Concepción, a mais de 400 quilômetros desta capital, apesar dos protestos dos indígenas ali residentes.

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos no Paraguai e a organização Tierraviva encabeçaram uma jornada de rejeição à atitude de Quesnel e inclusive assinalaram os benefícios econômicos que, possivelmente, recebera por tal operação.

Atos de protesto, declarações de setores políticos progressistas e firme posição dos indígenas dispostos a recuperar suas terras, obrigaram a Quesnel a anunciar, semanas depois, que revisaria sua decisão para anular a venda.

No entanto, o fato de existir uma resolução de um organismo estatal faz que reverter a venda só possa ser logrado mediante longa disputa judicial, o que colocou em primeiro plano a petição de destituição do presidente do INDI e sua apreensão, respaldada pelos indígenas.

tgj/jrr/cc
Modificado el ( sábado, 23 de marzo de 2013 )
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