27/01/2013 16h16 - Atualizado em 27/01/2013 17h26
Ginásio no RS recebe 232 corpos de vítimas de fogo em boate, diz polícia
Fogo iniciou por volta de 2h30 de domingo (27) em festa para
universitários.
Entre os corpos, há 120 homens e 112 mulheres. Outros 116
estão feridos.
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Familiares das vítimas se aglomeram em frente ao
Hospital de Caridade (Foto: Jean Pimentel/Agência RBS)
O ginásio do Centro Centro Desportivo Municipal de
Santa
Maria (RS) recebeu 232 corpos de vítimas do incêndio na boate Kiss, ocorrido
na madrugada deste domingo (27). Segundo as autoridades, este é o número que
está sendo divulgado como oficial. Entre os mortos, há 120 homens e 112
mulheres. Inicialmente, a Brigada Militar havia divulgado 245 mortos, mas o
número foi revisto no início da tarde.
Segundo informações preliminares, o fogo teria começado por volta das 2h30, depois que a banda que se apresentava teria utilizado sinalizadores durante uma espécie de show pirotécnico.
As faíscas teriam atingido a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, e iniciado o fogo, que se espalhou pelo estabelacimento em poucos minutos. O incêndio provocou pânico, e muitos presentes não conseguiram acessar a saída de emergência.
O número de pessoas que estavam na boate ainda não foi confirmado. A festa "Agromerados" reunia estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, dos cursos de Pedagogia, Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia e dois cursos técnicos.
A polícia e o Corpo de Bombeiros ainda trabalham no
local em busca de mais informações sobre as circunstâncias da tragédia. A
investigação vai ficar a cargo da 1ª Delegacia de Polícia de Santa
Maria. Testemunhas já estão sendo ouvidas.
Polícia busca mais corpos com
cães
Embora a polícia tenha anunciado que havia retirado todos os corpos do local do incêndio em Santa Maria, as buscas seguem no interior da boate. De acordo com major Ávila, da Brigada Militar, o trabalho agora é feito com a ajuda de cães farejadores. "Vamos fazer mais algumas vezes. Mas, em princípio, não se encontraram mais corpos", disse à Rádio Gaúcha.
Ainda de acordo com o major, a polícia também se preocupa em manter intacta a
estrutura da boate para o trabalho da perícia.Embora a polícia tenha anunciado que havia retirado todos os corpos do local do incêndio em Santa Maria, as buscas seguem no interior da boate. De acordo com major Ávila, da Brigada Militar, o trabalho agora é feito com a ajuda de cães farejadores. "Vamos fazer mais algumas vezes. Mas, em princípio, não se encontraram mais corpos", disse à Rádio Gaúcha.
Familiares reconhecem
corpos
Familiares das vítimas do incêndio na boate Kiss tiveram acesso ao Centro Desportivo Municipal de Santa Maria (RS), no início da tarde, para fazer o reconhecimento dos mortos na tragédia. Desde o fim da manhã, parentes e amigos faziam fila no local, aguardando a permissão de entrar no ginásio.
Depois de liberar o acesso em duplas, a polícia começou a formar grupos
maiores para fazer o reconhecimento de maneira mais rápida. O ginásio fica na
Rua Appel, no bairro Nossa Senhora de Fátima. A orientação da polícia e de
bombeiros é que as pessoas acessem o local pelas esquinas das ruas Professor
Teixeira ou Tuiuti.Familiares das vítimas do incêndio na boate Kiss tiveram acesso ao Centro Desportivo Municipal de Santa Maria (RS), no início da tarde, para fazer o reconhecimento dos mortos na tragédia. Desde o fim da manhã, parentes e amigos faziam fila no local, aguardando a permissão de entrar no ginásio.
Familiares e amigos de vítimas do incêndio
aguardam
em frente a ginásio municipal para reconhecer corpos
das vítimas (Foto: Ronald Mendes/Agência RBS)
em frente a ginásio municipal para reconhecer corpos
das vítimas (Foto: Ronald Mendes/Agência RBS)
Feridos na tragédia são trazidos para Porto Alegre
em
helicópteros (Foto: Luciane Kohlmann/RBS TV)
Hospitais recebem feridoshelicópteros (Foto: Luciane Kohlmann/RBS TV)
Pelo menos seis unidades de saúde da região de Santa Maria (RS) receberam vítimas do incêndio. Voluntários também estão auxiliando o trabalho na cidade.
"Estamos mobilizando todo o estado. Temos hospitais de diversas regiões se disponibilizando para ajudar", disse Ciro Simoni, Secretário Estadual da Saúde, em entrevista à Rádio Gaúcha. "Os trabalhos são intensos e é preciso uma mobilização muito grande".
Alguns feridos estão
sendo transferidos para o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS),
especializado no tratamento de queimados. Por volta das 13h30 deste domingo
(27), helicópteros da Aeronáutica aterrissaram no Parque Farroupilha, na
capital, transportando feridos na tragédia.
Ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já aguardavam
para transportar os feridos para o setor de queimados do HPS. O campo de futebol
do parque foi isolado para o pouso das aeronaves.A Avenida Osvaldo Aranha também teve o trânsito interrompido para a chegada dos helicópteros. O trajeto entre Santa Maria e Porto Alegre dura 40 minutos e a estimativa é que aeronaves cheguem a cada 20 minutos.
Equipes de Santa Maria estão fazendo contato com hospitais do interior do estado em busca de leitos para outros feridos. O Hospital de Santo Ângelo confirma que foi contatado e que deve receber pacientes até o fim da tarde. O Hospital de Caridade e Beneficência de Cachoeira do Sul já recebeu duas vítimas, ainda não identificadas. O Hospital Universitário da Ulbra, em Canoas, também deve prestar tratamento a feridos.
Saiba como ajudar vítimas e
famílias
A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul solicita a doação de sangue no Hemocentro do Estado a partir da manhã de segunda-feira (28), a fim de repor os estoques de sangue para feridos no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria. O Hemorgs localiza-se na avenida Bento Gonçalves, nº 3722, no bairro Partenon, em Porto Alegre.
A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul solicita a doação de sangue no Hemocentro do Estado a partir da manhã de segunda-feira (28), a fim de repor os estoques de sangue para feridos no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria. O Hemorgs localiza-se na avenida Bento Gonçalves, nº 3722, no bairro Partenon, em Porto Alegre.
O Hospital de Pronto Socorro (HOS) de Porto Alegre,
que está recebendo vítimas com queimaduras graves no incêndio ressalta que a
doação de sangue deverá ser realizada durante a semana, pois o estoque, tanto do
HPS quanto do Hemocentro, é suficiente para o atendimento imediato aos feridos
(veja
mais maneiras de ajudar as vítimas da tragédia).
Vídeo publicado em canal do YouTube mostra
efeito
pirotécnico em show (Foto: Reprodução/YouTube)
pirotécnico em show (Foto: Reprodução/YouTube)
Pirotecnia era comum em shows
Os efeitos pirotécnicos durante o show da banda Gurizada Fandangueira na boate Kiss, na madrugada deste domingo (27), relatados como os possíveis causadores do incêndio que resultou na morte de pelo menos 232 pessoas, eram comuns durante as performances da banda, como é possível ver em vídeos publicados no canal oficial do grupo no YouTube. Clique aqui para assistir.
Imagens de um show realizado em maio de 2011 mostram faíscas saindo de
sinalizadores posicionados na frente do palco. O efeito pirotécnico alcança uma
altura que aparentemente ultrapassa os integrantes do grupo.Os efeitos pirotécnicos durante o show da banda Gurizada Fandangueira na boate Kiss, na madrugada deste domingo (27), relatados como os possíveis causadores do incêndio que resultou na morte de pelo menos 232 pessoas, eram comuns durante as performances da banda, como é possível ver em vídeos publicados no canal oficial do grupo no YouTube. Clique aqui para assistir.
A página oficial da banda no Facebook também traz um release que afirma que ações pirotécnicas fazem parte das apresentações do Gurizada Fandangueira. "Com a grande experiência comprovada em bailes e shows, [a banda] demonstra além de todo seu talento, muita inovação em estrutura, efeitos visuais e pirotécnicos, os quais fazem toda a diferença na identidade exclusiva da banda".
Taynne Vendrúsculo, estudante que estava na boate
durante o incêndio, afirmou ter visto a banda que se apresentava no local utilizando
efeitos pirotécnicos no show.
"Foi durante uma música em que o cantor estava fazendo uma apresentação que
tinha efeitos [pirotécnicos], porque provocou faíscas, alguma coisa que
acreditamos que possa ter sido isso que causou [o incêndio]. Foi muito rápido.
Ele estava cantando e, quando a gente viu, ele parou de cantar e aí a gente
olhou e prestou atenção no que estava acontecendo e tinha o fogo no teto",
contou à GloboNews.
Integrante de banda morre no
incêndio
Apenas um dos seis integrantes da banda Gurizada Fandangueira morreu na boate que pegou fogo: o gaiteiro Danilo Jaques, o mais jovem membro do grupo.
Em entrevista ao G1, o baterista Eliel de Lima, de 31 anos,
contou que, antes de deixar o local, desatou o instrumento das costas do colega.
Ele disse que foi o último músico a deixar o palco e que, nessa hora, Danilo
estava parado ao lado da porta do banheiro, ainda preso à sanfona.Apenas um dos seis integrantes da banda Gurizada Fandangueira morreu na boate que pegou fogo: o gaiteiro Danilo Jaques, o mais jovem membro do grupo.
"A essa altura, o pessoal já estava correndo, a fumaça levantando, aí não vi mais ele, estava tudo escuro, era uma fumaceira", lembra. "A gente saiu mal, no meio da fumaça, tive dor no peito. Fiquei aguardando para podermos nos achar, para ver quem tinha saído. Fomos nos encontrando aos poucos e ficamos na expectativa de achar o Danilo, mas ele não apareceu".
Conduta de seguranças será
apurada
As causas do incêndio serão investigadas pela Brigada Militar e demais órgãos de segurança do estado. Após relatos de testemunhas, a polícia apura a suspeita de que os seguranças da boate tenham impedido a saída de frequentadores do local no início da confusão, por volta das 2h, quando a casa noturna começou a pegar fogo.
De acordo com o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Altair de
Freitas Cunha, as condições de prevenção contra incêndio da casa também serão
apuradas. "Recebemos alguns relatos de que os seguranças teriam barrado as
pessoas até que elas pagassem a conta, mas isso são apenas relatos, não
conseguimos confirmar. Também estamos apurando o que provocou o incêndio e as
condições de prevenção da casa", disse ao G1 o coronel, que
também está em Santa Maria acompanhando de perto os trabalhos.As causas do incêndio serão investigadas pela Brigada Militar e demais órgãos de segurança do estado. Após relatos de testemunhas, a polícia apura a suspeita de que os seguranças da boate tenham impedido a saída de frequentadores do local no início da confusão, por volta das 2h, quando a casa noturna começou a pegar fogo.
O coronel Guido, comandante do Corpo de Bombeiros, também disse que algumas pessoas presentes na festa relataram que seguranças da boate trancaram a porta de saída durante o incêndio. "Vi as pessoas amontoadas e mortas perto da saída", disse o coronel.
"A maioria das pessoas acaba morrendo por asfixia, inalação da fumaça tóxica. Queimados mesmo ali foram poucos. O que matou foi pânico, inalação da fumaça tóxica e dificuldade em sair", completou.
Segundo Rodrigo Moura, um dos seguranças da boate, vigilantes tentaram pegar extintor de incêndio, mas o fogo logo tomou conta do local rapidamente. Ele disse que Começou então um pisoteamento e que só algumas pessoas puderam ser resgatadas. "Alguns colegas de trabalho faleceram também. Só quem estava ali viu, (foi um) filme de terror", afirmou.
Alvará de boate estava
vencido
O alvará de funcionamento da boate Kiss estava vencido desde agosto de 2012, segundo o comandante do Corpo de Bombeiros da Região Central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs. Ele disse que o documento serve para atestar as condições de prevenção e combate a incêndios.
"Está vencido desde agosto. O alvará é necessário para o funcionamento da
casa na sua normalidade", disse ao G1.O alvará de funcionamento da boate Kiss estava vencido desde agosto de 2012, segundo o comandante do Corpo de Bombeiros da Região Central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs. Ele disse que o documento serve para atestar as condições de prevenção e combate a incêndios.
Dono da boate presta
depoimento
O proprietário da boate Kiss e os integrantes da banda prestaram depoimento à polícia na tarde deste domingo, em Santa Maria. De acordo com o chefe de Polícia Civil do estado, delegado Ranolfo Vieira Junior, diversas pessoas já foram ouvidas para tentar esclarecer as causas do fogo que teria começado por volta das 2h30 quando o vocalista da banda Gurizada Fandangueira teria usado um sinalizador.
"Várias pessoas já foram ouvidas pela polícia, inclusive o dono do boate. Ele
se apresentou à policia. Integrantes da banda também estão colaborando. Amigos,
familiares, testemunhas... Tudo o que poderia ser feito numa situação como essa
está sendo feito", disse o delegado ao G1 sem revelar o teor
dos depoimentos.O proprietário da boate Kiss e os integrantes da banda prestaram depoimento à polícia na tarde deste domingo, em Santa Maria. De acordo com o chefe de Polícia Civil do estado, delegado Ranolfo Vieira Junior, diversas pessoas já foram ouvidas para tentar esclarecer as causas do fogo que teria começado por volta das 2h30 quando o vocalista da banda Gurizada Fandangueira teria usado um sinalizador.
Festa reunia universitários
A festa universitária "Agromerados", que tinha classificação etária de 18 anos e ingressos ao preço de R$ 15, começou às 23h de sábado (26), de acordo com as informações divulgadas no site da casa noturna.
O evento era direcionado para jovens da Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM). As atrações confirmadas no site da boate foram Gurizada Fandangueira,
Pimenta e seus Comparsas, além dos DJs Bolinha, Sandro Cidade e Juliano
Paim.A festa universitária "Agromerados", que tinha classificação etária de 18 anos e ingressos ao preço de R$ 15, começou às 23h de sábado (26), de acordo com as informações divulgadas no site da casa noturna.
Depoimentos de sobreviventes
A estudante Luana Santos Silva, de 23 anos, que estava no local no momento do incidente, disse em relato à GloboNews que o fogo se alastrou rapidamente pelo interior da boate. "Nós olhamos para o teto lá na frente do palco e estava começando um fogo. Foi um amigo nosso que nos mostrou, aí nós começamos a cair. Minha irmã me puxou e eu saí arrastada pelo chão", contou Luana.
Segundo a jovem, a fumaça se espalhou rapidamente. "Foi bem no início, foi só
atravessar a rua e começou a sair fumaça. Aí começou a sair o pessoal
desesperado e gente machucada. Era uma porta pequena para muita gente sair".A estudante Luana Santos Silva, de 23 anos, que estava no local no momento do incidente, disse em relato à GloboNews que o fogo se alastrou rapidamente pelo interior da boate. "Nós olhamos para o teto lá na frente do palco e estava começando um fogo. Foi um amigo nosso que nos mostrou, aí nós começamos a cair. Minha irmã me puxou e eu saí arrastada pelo chão", contou Luana.
O trabalho de Fernanda Freire Gomes Bona, de 23
anos, a
salvou de ser uma das vítimas do incêndio. Fotógrafa oficial da casa, ela
estava em uma área VIP próxima à saída quando o incêndio começou.
"Como estava perto da porta graças a Deus eu saí correndo, em cinco minutos
estava do lado de fora. Uma pessoa me chamou para fotografar na área VIP, por
isso que eu fui para lá, tem uma visão melhor", contou Fernanda ao
G1. "Normalmente eu fico no meio das pessoas. Foi sorte. Seu eu
não estivesse trabalhando, não estaria na área VIP".
O estudante de medicina Murilo de Toledo Tiecher,
de 26 anos, foi um dos primeiros a sair da boate, quando o incêndio começou. Ele
conta que, inicialmente, seguranças
tentaram impedir a saída dos clientes, mas logo perceberam a fumaça e
liberaram a saída. Tiecher diz também que a saída foi dificultada por uma grade
colocada perto da porta para organizar a fila de entrada.
"Eu liguei para os bombeiros, algumas pessoas tentaram voltar para pegar mais
gente lá dentro, mas tinha fumaça e não dava para enxergar mais ninguém, era uma
cortina de fumaça. A gente puxava as pessoas pelo cabelo, pela roupa, muita
gente saía só de calcinha e cueca, muitas sem camiseta, talvez para se proteger
da fumaça, e os bombeiros chegaram rápido e começaram a organizar e usar a
mangueira", disse.
Rodrigo, um dos seguranças da boate Kiss, descreveu
o início do incêndio como "filme de terror". Em relato à GloboNews,
ele contou que o fogo começou por conta de efeito pirotécnico usado pela banda.
"Estava acontecendo a festa com o show da Gurizada, quando eu vi eles foram
fazer um show pirotécnico, com fogos, e aí a 'faisqueira' começou a pegar fogo
no teto. Fomos pegar o extintor para tentar apagar, para ver se acalmava o
incêndio, quando vejo já tomou conta do local", disse (leia
aqui outros relatos de sobreviventes).
Dilma Rousseff conforta familiar de vítima da
tragédia
em boate (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)
em boate (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)
Dilma visita feridos e
famílias
Por volta das 14h deste domingo (27), a presidente Dilma Rousseff esteve no Hospital de Caridade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde visitou feridos do incêndio na boate Kiss. Após passar pelo hospital, a comitiva presidencial se dirigiu ao ginásio do Centro Desportivo Municipal, onde está ocorrendo o reconhecimento dos corpos das vítimas da tragédia.
Dilma conversou com alguns familiares que aguardam para fazer o
reconhecimento dos corpos, mas, muito emocionada, logo deixou o local sem falar
com a imprensa.Por volta das 14h deste domingo (27), a presidente Dilma Rousseff esteve no Hospital de Caridade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde visitou feridos do incêndio na boate Kiss. Após passar pelo hospital, a comitiva presidencial se dirigiu ao ginásio do Centro Desportivo Municipal, onde está ocorrendo o reconhecimento dos corpos das vítimas da tragédia.
"Ela esteve no local onde estão as famílias, conversou com alguns, mas está muito emocionada, é um clima que ninguém queria vivenciar. Queremos dar todo o apoio ao trabalho que está sendo feito. Queremos respostas", disse o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), que acompanhava a presidente.
Dilma cancelou três reuniões bilaterais que teria
neste domingo (27) no Chile e embarcou ainda pela manhã para Santa Maria. Em
entrevista antes da viagem, ela disse
que mobilizou os ministros para monitorar e que o governo federal fará "tudo o
que for necessário". Emocionada, a presidente lamentou a tragédia.
"Eu queria dizer à população do nosso país e de Santa Maria o quanto, nesse
momento de tristeza, estamos juntos. E necessariamente iremos superar, mantendo
a tristeza", disse com a voz embargada.Mais cedo, ela telefonou para o governador gaúcho Tarso Genro e ofereceu "toda ajuda necessária" para lidar com a situação.
"A presidenta telefonou para o governador Tarso Genro e ofereceu toda a ajuda necessária. Ela determinou a todos os ministros que deem apoio em suas respectivas áreas", informou a assessoria de imprensa do Planalto.
Tarso acompanha o trabalho da polícia em
Santa
Maria, no RS (Foto: Guilherme Gomes/Divulgação)
Maria, no RS (Foto: Guilherme Gomes/Divulgação)
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