sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Franco, Itaipú, Mercosul, Rio Tinto...



O Olhar Comunista desta quinta destaca a declaração do presidente golpista do Paraguai de que " não pretende mais fornecer energia barata ao Brasil e à Argentina".

Segundo o golpista, Federico Franco, a medida seria necessária para estimular a produção industrial paraguaia. E ressaltou que o anúncio está ligado à decisão dos governos brasileiro, argentino e uruguaio de suspender o Paraguai do Mercosul.
O Paraguai é sócio do Brasil em Itaipu, uma das centrais hídricas mais potentes do mundo; e da Argentina em Yacyretá, mas fornece a maior parte da produção de energia de ambas empresas a seus vizinhos por preços considerados menores em relação aos praticados no "mercado", conforme estabelecido em acordos bilaterais.
O escroque afilhado do imperialismo norte-americano que hoje comanda o Paraguai precisa de legitimidade internacional, como demonstrou entrevista do secretário-geral do PC Paraguaio ao Portal do PCB na última semana, para levar adiante seus planos internos e elevar a repressão no país vizinho.
Também faz chantagem com os governos DIlma e Cristina Kirchner - e estaremos atentos para que tal chantagem não leve Brasil e Argentina a caírem na cilada e reconhecerem seu governo ilegítimo. Seria uma capitulação frente ao povo paraguaio, que estaria ainda mais abandonado à própria sorte.
Franco é ainda um mentirosos deslavado. Quer a energia de Itaipú e Yacyretá para levar adiante a proposta da Rio Tinto de criar no Paraguai uma planta industrial para produção de lâminas de alumínio, com alta demanda de energia e criação de apenas 2 mil empregos. Sua alegação de fortalecimento da indústria paraguaia é mais falsa que a idéia de que Duque de Caxias, patrono do Exército brasileiro e assassino deslavado do povo paraguaio, é um "pacificador".
Por fim, cabe o registro: o Paraguai merece sim renegociar o preço da energia que repassa ao Brasil e Argentina. Mas a medida tem que ser feita por um governo legítimo, e em benefício do povo paraguaio. Não como exercício de chantagem pelo reconhecimento de um governo golpista. Muito menos para atender aos interesses de uma única empresa - a Rio Tinto.
Anterior Proxima Inicio

0 comentários:

Postar um comentário