domingo, 15 de julho de 2012

Síria: Ulemás convocam encontro nacional de reconciliação

Líder religioso sírio convoca encontro nacional de reconciliação PDFImprimirE-Mail
Escrito por Camila Carduz
sábado, 14 de julio de 2012
Mohammad Said Ramadan Al Bouti14 de julio de 2012, 13:47Damasco, 14 jul (Prensa Latina) Mohammad Said Ramadan Al Bouti, Presidente da Federação de Ulemás do Levante, convocou aos sírios a um encontro nacional de reconciliação, destacam hoje os meios de imprensa locais.

Em sua tradicional mensagem das sextas-feiras na grande Mesquita Omeya nesta capital, Al Bouti pediu aos seus compatriotas que fortaleçam o amor e o afeto entre si, considerando que o mês do Ramadã é uma ocasião para promover a convergência pelo bem da pátria.

O líder religioso alertou às pessoas portadoras de armas que serão prisioneiros de suas ilusões que só servem aos projetos daqueles que querem fragmentar a Síria e destruir a seu povo.

Dirijo-me aos envolvidos e enganados que têm portado armas, e lhes digo que se converteram em prisioneiros dessas mesmas armas, assinalou.

Enquanto isso, os meios de imprensa locais mostram neste sábado imagens do grande arsenal de apertrechos de guerra, incluídas metralhadoras, lança-foguetes RPG, fuzis automáticos, bombas e munições, ocupadas pelas forças do Exército Árabe Sírio aos grupos armados na localidade de Tremseh, na central província de Hama.

A ação das tropas governamentais nessa cidade ocorreu após um massacre cometido por grupos armados opositores contra os moradores do lugar e que segundo números não oficiais há mais de 200 pessoas mortas.

Inclusive, alguns meios ocidentais publicam que entre os falecidos há um grande número de irregulares pertencentes ao chamado Exército Livre Sírio, supostas vítimas da resposta governamental a suas ações.

Os fatos ocorridos na quinta-feira na localidade situada a uns 30 quilômetros ao noroeste da cidade de Hama- distante uns 209 quilômetros desta capital- aconteceram, como em circunstâncias e crimes similares anteriores, quando o Conselho de Segurança da ONU deliberava sobre a crise neste país levantino.

Agora, o órgão principal da ONU discute sobre a extensão da missão observadora dessa organização na Síria e alguns de seus membros, encabeçados pelos Estados Unidos, França, Inglaterra e Alemanha, tratam de impulsionar sanções contra a Síria, amparando-se em fatos como este.

A forma como circulam as notícias das emissoras de televisão e de outros meios ocidentais desperta suspeita de que seja parte de uma montagem midiática para culpar às autoridades de Damasco pela tragédia e impulsionar a aplicação do Capitulo VII da Carta da ONU que permitiria uma intervenção militar, comentam observadores.

Para comentaristas internacionais o caso de Tremseh é uma mostra do desespero em alguns círculos ocidentais de não conseguir seus objetivos contra o povo e o governo sírio, e buscam a manipulação midiática para justificar uma maior pressão contra este país.

A isto se somaram ontem altos funcionários da ONU como seu secretário-geral Ban Ki- Moon, e o enviado para a Síria, Kofi Annan, quem acusaram às autoridades sírias de violar resoluções do Conselho de Segurança, que os próprios ocidentais nunca respeitaram.

Como comentou um colega em dias recentes, para o Ocidente o governo sírio sempre será o culpado.

rmh/lb/cc
Modificado el ( sábado, 14 de julio de 2012 )
Anterior Proxima Inicio

0 comentários:

Postar um comentário