Escândalo de fraude cerca família real espanhola
Genro do rei de Espanha é acusado de se apropriar de fundos públicos
Publicado em 2011-12-09
MARIA JOÃO MORAIS, correspondente em Madrid
foto Arquivo |
Inaki Urdangarin (primeiro da esquerda na fila de cima) na celebração do noivado de Letizia Ortiz |
As notícias sobre a investigação judicial em torno dos negócios pouco transparentes de Iñaki Urdangarin, genro do rei Juan Carlos de Espanha, tornaram-se recorrentes na Imprensa espanhola e estão a colocar em causa a reputação da monarquia no país.
As suspeitas multiplicam-se: captação indevida de fundos públicos, transferências para empresas privadas e desvios de dinheiro para paraísos fiscais. Urdangarin, antigo campeão de andebol, que se tornou duque de Palma ao casar com a filha mais nova do rei de Espanha, a infanta Cristina, ter-se-á apropriado de fundos públicos através da fundação sem fins lucrativos a que preside: o Instituto Nóos. Em causa estão contratos milionários, realizados junto das comunidades autónomas de Valencia e Baleares, que renderam à entidade 3,7 e 2,3 milhões de euros, respectivamente.
Para garantir os contratos, o duque de Palma não hesitava em utilizar o nome da Casa Real e da infanta Cristina como gancho. Após cobrar valores "totalmente desproporcionados em relação aos serviços que prestavam", segundo o relato judicial, Urdangarin e os seus sócios transferiam o dinheiro para empresas privadas. Uma das beneficiadas foi a promotora imobiliária Aizoon, propriedade do empresário e da infanta Cristina. De acordo com a Imprensa espanhola, o património de Iñaki Urdangarin ascende a 11 milhões de euros.
As últimas notícias indicam que o genro do rei -actualmente a residir em Washington, onde trabalha para a Telefonica - deverá ser acusado formalmente dentro de dois meses, mas a investigação deixará de fora a filha mais nova do rei Juan Carlos.
Infantas mais secundárias
Incomodada com a avalanche de informação, a Casa Real lançou, esta semana, achas para a fogueira, ao sugerir que Juan Carlos teria planos de limitar a família real ao núcleo que recebe financiamento do Orçamento de Estado, excluindo, assim, as infantas e respectivos maridos.
Para garantir os contratos, o duque de Palma não hesitava em utilizar o nome da Casa Real e da infanta Cristina como gancho. Após cobrar valores "totalmente desproporcionados em relação aos serviços que prestavam", segundo o relato judicial, Urdangarin e os seus sócios transferiam o dinheiro para empresas privadas. Uma das beneficiadas foi a promotora imobiliária Aizoon, propriedade do empresário e da infanta Cristina. De acordo com a Imprensa espanhola, o património de Iñaki Urdangarin ascende a 11 milhões de euros.
As últimas notícias indicam que o genro do rei -actualmente a residir em Washington, onde trabalha para a Telefonica - deverá ser acusado formalmente dentro de dois meses, mas a investigação deixará de fora a filha mais nova do rei Juan Carlos.
Infantas mais secundárias
Incomodada com a avalanche de informação, a Casa Real lançou, esta semana, achas para a fogueira, ao sugerir que Juan Carlos teria planos de limitar a família real ao núcleo que recebe financiamento do Orçamento de Estado, excluindo, assim, as infantas e respectivos maridos.
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