quarta-feira, 23 de novembro de 2011

No Egito valorosos manifestantes dizem: Junta militar vá se embora,vá !!

Egípcios mantêm pulso com Junta Militar, pese oferta de referendo PDFImprimirE-Mail
Escrito por Camila Carduz
miércoles, 23 de noviembre de 2011
Imagen activa23 de noviembre de 2011, 08:32Cairo, 23 nov (Prensa Latina) Milhares de pessoas continuam reclamando hoje no Egito a renúncia imediata da Junta Militar, ao considerar "demasiado tardia" a oferta de submeter a referendo seu gerenciamento político, enquanto prossegue a repressão policial aos manifestantes.

A consígna de "ele que se vá, nós não nos vamos" predominou nas praças e ruas no sexto dia consecutivo de demonstrações contra o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) e o quinto de confrontos no Cairo, Alexandria e outras cidades.

Bem longe de tranquilizar, o discurso de ontem à noite do chefe do CSFA, marechal de campo Mohamed Hussein Tantawi, inquietou aos inconformes que decidiram retomar a emblemática Praça Tahrir como tribuna para expressar frustração com o lento avanço da transição democrática.

"Agora é muito tarde, tiveram nove meses para nos convencer de que trabalhavam a sério pela democracia e a revolução (como chamam a revolta que derrubou Hosni Mubarak)", declarou à Prensa Latina Nihal, uma jovem advogada que leva dois dias atrincherada em Tahrir.

Tantawi compareceu para anunciar que se acordou criar um governo de salvação nacional, que terá eleições presidenciais antes de 1Â� de julho de 2012, e que se mantém o calendário para as eleições parlamentares do dia 28 de novembro.

Em seu discurso, o ex-ministro de Defesa de Mubarak disse que "o Exército não quer o poder (...) e coloca os interesses do povo acima de qualquer outro. Está disposto a deixar suas responsabilidades de imediato, se o povo decidir em um referendo".

Com sapatos nas mãos, um gesto comum no mundo árabe para expressar desprezo, manifestantes recusaram estender por outros sete meses a tutela militar do processo de transição, e desafiaram nas ruas os gases lacrimogêneos e disparos de balas de borracha da polícia.

Alexandria, a segunda cidade do país, registrou os incidentes mais violentos na noite passada, com ao menos um morto, ainda que nesta capital houve novos confrontos entre ativistas e soldados, sobretudo cerca do Ministério do Interior, literalmente blindado.

Haitham, um profissional que alterna há três dias sua jornada de trabalho com ativismo em Tahrir, mostrou decepção porque "esperávamos mais" do CSFA, e questionou que se faça um referendo para uma autoridade que foi indicada pelo impopular rais (presidente) Mubarak".

Enquanto isso, a tensão prevalece nesta quarta-feira no país, ainda que nas zonas do Cairo só as conversas e o fechamento de alguns comércios fez notar a complexa conjuntura, agravada pelas divisões entre forças políticas e sociais frente as próximas eleições.

Enquanto muitos islamistas da corrente salafista e da própria Hirmandade Muçulmana (HM) participaram na terça-feira, a título individual, da denominada "marcha do milhão", a postura oficial desse movimento ameaça sua ampla popularidade e, pior ainda, o curso dos protestos.

Membros da HM estão negociando com o CSFA uma saída à crise, mas a partir de seu interesse de que sob nenhuma circunstância se adiem as legislativas da segunda-feira nas que aparecem como amplos favoritos, uma realidade que poderia se reverter de modo súbito.

mv/ucl/cc
Modificado el ( miércoles, 23 de noviembre de 2011 )
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Nota de Pensar Netuno (Amaro S. ):
  A dignidaden dos trabalhadores e jovens egipcios que se sacrificam nesta revolução é histórica e impressionante.
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