04 de octubre de 2011, 17:15Windhoek, 4 out (Prensa Latina) Os crânios de quatro mulheres e 16 homens, incluindo um menino, das tribos hereros e nama da Namíbia, vítimas do genocídio alemão em um século atrás, chegaram aqui onde foram recebidos com honras militares.
Com uma ordem de extermínio respondeu o governo colonial germano à rebelião tribal e centos de pessoas foram decapitadas e suas cráneos levados a Berlim para demonstrar a "superioridade racial" dos europeus brancos.
Nossa gente chora porque nossas avós e avôs estão de volta a sua terra natal", disse o chefe dos herero Kuiama Riruako, quem viajou a Alemanha para receber os crânios na sexta-feira última.
"Estes restos são o depoimento dos horrores do colonialismo e a crueldade da Alemanha contra nosso povo", destacou o premiê de Namibia, Nahas Angula, e acrescentou que seu país os aceita como fechamento simbólico de um capítulo trágico".
O emotivo regresso de 20 de uns 300 crânios retirados da então África Sudoccidental para experimentos racistas, revive a etapa colonial (1884-1915) e a sangrenta repressão de um levantamento anticolonial entre 1904 e 1908 que deixou dezenas de milhares de mortos.
Algumas das cabeças primeiro foram conservadas em formaldehídos e mais tarde disecadas até deixar somente os crânios, segundo algumas versões.
"Lamentamos profundamente os crimes cometidos naquele tempo e desejamos desculpar-nos sinceramente", afirmou o presidente da junta da Universidade Charite de Berlim, Karl Max Einhaeupl, lugar onde se fez a entrega dos restos.
Estes foram devolvidos a uma delegação de 73 líderes tribais e servidores públicos do governo da Namíbia que viajaram com esse fim ao país europeu.
Em 2008 teve uma solicitação formal de devolução, período em que mediu um processo de identificação de restos.
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