segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Deputado Marcelo Freixo ameaçado de novo!!

31/10/2011 08h04 - Atualizado em 31/10/2011 08h14

Deputado Marcelo Freixo, do RJ, deixará o país após ameaças de morte

Ele recebeu um convite da Anistia Internacional e irá para a Europa.
Segundo Freixo, só nó último mês foram sete ameaças à sua segurança.

Cláudia Loureiro Do G1 RJ
42 comentários
A convite da Anistia Internacional, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) vai deixar o Brasil na terça-feira (1º) após uma série de ameaças de morte. Em 2008, Freixo presidiu a CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que indiciou mais de 200 pessoas, entre policiais e políticos. Desde então, o deputado passou a sofrer ameaças.
Sete ameaças em um mês
"Vou deixar o país, mas é por pouco tempo. Recebi um convite da Anistia Internacional e em função das várias ameaças e da pressão que isso envolve estou aceitando o convite. Só nesse último mês foram sete ameaças de morte. Mas volto antes de dezembro", confirmou Freixo em entrevista ao G1 nesta manhã.
Segundo ele, por medida de segurança, o local de destino não pode ser divulgado. O deputado informou apenas que irá para a Europa, junto com a família. Durante esse período, ele ficará de licença na Alerj.
"Eu vou ficar de licença, então não vai ter custo nenhum para a Assembleia. Vou aproveitar para divulgar esse o relatório da CPI das milícias lá fora".
O afastamento do deputado se dá também para que sejam feitos ajustes na sua segurança. "Eu tenho segurança, mas é preciso que sejam feitos ajustes necessários, que ainda não foram feitos, como aumentar o número de seguranças e a prisão dos ameaçadores".
Documento relata atentado
No dia 17, representantes de diferentes partidos políticos e entidades se reuniram num ato em defesa do deputado, depios que um documento da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar apontou que Freixo seria alvo de um atentado.
O documento da PM, endereçado à Coordenadoria Institucional de Segurança da Alerj, indica que o miliciano conhecido como Carlão planejava o assassinato de Marcelo Freixo. De acordo com a Coordenadoria, o miliciano receberia dinheiro de um ex-PM se executasse o deputado.
"É uma situação de total insegurança e muito grave, porque nada mais fiz do que cumprir a minha função como parlamentar. Então, quem cumpre a sua função pública, ser ameaçado de morte por isso é muito grave. E a gente está falando do principal crime organizado no Rio de Janeiro: a milícia hoje é o mal maior que tem no Rio. Então, evidentemente, precisa ser enfrentado. E é inadmissível que depois de matarem uma juíza, ameacem matar um parlamentar. E quantas outras pessoas mais virão antes de eles serem detidos? É muito importante que se busque deter o poder econômico e territorial desses grupos. Só as prisões não vão resolver", defendeu Freixo na ocasião.

domingo, 30 de outubro de 2011

Procuradoria pede ação penal contra presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes, e mais dois Conselheiros


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

 

ACUSADOS DE CORRUPÇÃO

Jonas Lopes, presidente do TCE-RJ. (Foto: Marizilda Cruppe)
Procuradoria pede ação penal contra presidente e conselheiros do TCE-RJ

Chico Otavio (chico@oglobo.com.br)

RIO - A Procuradoria Geral da República pediu a abertura de uma ação penal no Superior Tribunal de Justiça contra o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Jonas Lopes de Carvalho, e mais dois conselheiros do TCE-RJ, José Gomes Graciosa e José Nader (já aposentado).


Em denúncia assinada pelo subprocurador da República Carlos Eduardo de Oliveira Vasconcelos, os três são acusados de receber dinheiro, entre 2002 e 2003, para aprovar um contrato da empresa de contabilidade Grupo SIM com a prefeitura de Carapebus, no Norte fluminense, celebrado sem licitação.


Procuradoria pede afastamento de conselheiros
Eles também teriam facilitado a aprovação das contas da prefeitura, no mesmo esquema, para evitar que a cidade deixasse de receber os recursos do Fundo de Participação dos Municípios.


A denúncia, encaminhada ao relator do caso, ministro Castro Meira, pede o afastamento de Jonas e Graciosa tão logo a ação seja instaurada. Por gozar de foro privilegiado, eles têm direito a defesa prévia num prazo de 15 dias.


Também foram denunciados o proprietário da SIM, Sinval de Andrade, o ex-deputado José Nader Júnior, o ex-secretário municipal de Carapebus José Álvaro de Carvalho Lopes e mais cinco pessoas.


O suposto esquema foi descoberto em 2008, quando a Polícia Federal lançou a Operação Pasárgada, para investigar a venda de sentenças na Justiça mineira.


Com o desdobramento das investigações, a PF constatou que o Grupo SIM, supostamente envolvido com corrupção nas prefeituras de Minas Gerais, mantinha também um "contrato de gestão em contabilidade pública" com Carapebus desde abril de 1997. Como a empresa fora contratada sem licitação, o TCE-RJ abriu quatro processos para examinar a legalidade do contrato.


Apesar das suspeitas levantadas pelos auditores do TCE, que apontaram inúmeras irregularidades, Jonas Lopes de Carvalho e José Nader teriam conduzido a maioria dos conselheiros a legitimar o contrato, abrindo caminho para a SIM fazer negócio com outras cidades fluminenses.


As investigações demonstraram que o então secretário de Carapebus José Álvaro de Carvalho Lopes seria o operador do esquema de corrupção dos conselheiros. De acordo com a denúncia, ele teria se reunido com o então deputado Nader Júnior, em dezembro de 2002, para acertar o valor da propina.


Deputado teria solicitado propina de R$ 130 mil
Em depoimento à PF, o então advogado do grupo, Marcelo Abdalla, disse em 2008 que Sinval (dono da SIM) enviava valores diretamente a Nader Júnior. O deputado teria solicitado R$ 130 mil, em nome dos conselheiros, para "aprovar as contas do nosso amigo", referindo-se ao então prefeito de Carapebus, Eduardo Nunes Cordeiro.


Um e-mail recolhido pela PF atestou que cinco conselheiros receberiam R$ 20 mil cada, enquanto o intermediário ficaria com R$ 20 mil e outros R$ 10 mil seriam divididos entre a assessoria responsável pela defesa da SIM.


No computador de Cleide Maria de Alvarenga Andrade, mulher de Sinval, estão registrados quatro repasses ao TCE, entre dezembro de 2002 e março de 2003, exatamente no valor total de R$ 130 mil.


Os advogados Nélio Machado, que defende Jonas Lopes, e Wladimir Reali, de Gomes Graciosa, reclamaram do cerceamento do direito de defesa. Eles disseram que, tão logo tiveram conhecimento da denúncia por intermédio da imprensa, procuraram o STJ e a Procuradoria Geral da República, mas ambos negaram o acesso ao documento, razão pela qual ficaram impossibilitados de se manifestar.


José Nader e seu filho, Nader Júnior, não foram localizados para comentar o caso.

Agora que o bando ao serviço da CIA assassinou Kadafi, que país se seguirá à Líbia?

 



Paul Craig Roberts

30.Out.11 :: Outros autores

Paul Craig RobertsCom a Líbia conquistada, o AFRICOM arrancará para os outros países africanos em que a China tem investimentos em energia e mineração. Washington ressuscitou o Jogo da Superpotência e está a competir com a China. Mas enquanto a China faz investimentos e ofertas de infra-estrutura à África, Washington envia tropas, bombas e bases militares. Mais cedo ou mais tarde a agressividade de Washington em relação à China e à Rússia irá explodir nas nossas caras.


Se os planos de Washington tiverem êxito, a Líbia tornar-se-á mais um estado fantoche americano. A maior parte das cidades e infra-estruturas foi destruída por ataques das forças aéreas dos EUA e dos seus fantoches da NATO. Firmas dos EUA e europeias agora obterão contratos sumarentos, financiados pelos contribuintes estado-unidenses, para reconstruir a Líbia. O novo parque imobiliário será cuidadosamente concedido a uma nova classe dirigente escolhida por Washington. Isto colocará a Líbia firmemente sob a pata de Washington.
Com a Líbia conquistada, o AFRICOM arrancará para os outros países africanos em que a China tem investimentos em energia e mineração. Obama já enviou tropas americanas para a África Central sob o pretexto de derrotar o Exército da Resistência de Deus, uma pequena insurgência contra o ditador vitalício. O porta-voz republicano da Câmara, John Boehner, saudou a perspectiva de mais uma guerra ao declarar que o envio de tropas dos EUA para a África Central “promove os interesses estado-unidenses de segurança nacional e a sua política externa”. O senador republicano James Inhofe acrescentou uns litros de palração acerca de salvar “crianças ugandesas”, uma preocupação que o senador não tem para com crianças da Líbia ou da Palestina, do Iraque, do Afeganistão e do Paquistão.
Washington ressuscitou o Jogo da Superpotência e está a competir com a China. Mas enquanto a China faz investimentos e ofertas de infra-estrutura à África, Washington envia tropas, bombas e bases militares. Mais cedo ou mais tarde a agressividade de Washington em relação à China e à Rússia irá explodir nas nossas caras.
De onde está a vir o dinheiro para financiar o Império Africano de Washington? Não do petróleo líbio. Grandes porções do mesmo foram prometidas aos franceses e britânicos por lhe proporcionarem cobertura a esta última guerra aberta de agressão. Não de receitas fiscais de uma economia estado-unidense em colapso onde o desemprego, se medido correctamente, é de 23 por cento.
Como o défice do orçamento anual de Washington tão enorme como é, o dinheiro só pode vir das máquinas de impressão.
Washington já fez as máquinas de impressão trabalharem o suficiente para elevar o índice de preços no consumidor para todos os consumidores urbanos (CPI-U) a 3,9% ao ano (até o fim de Setembro), o índice de preços no consumidor para assalariados e empregados administrativos (CPI-W) a 4,4% ao ano e o índice de preço no produtor (PPI) a 6,9% ao ano.
Como mostra o estatístico John Williams ( shadowstats.com ), as medidas oficiais de inflação são manipuladas a fim de manter baixos os ajustamentos de custo de vista para os que recebem da Segurança Social, portanto poupando dinheiro para as guerras de Washington. Quando medida correctamente, a presente taxa de inflação nos EUA é de 11,5%.
Que taxa de juro podem obter os poupadores sem assumir riscos maciços com títulos gregos? Os bancos dos EUA pagam menos do que meio por cento nos depósitos de poupança assegurados pelo FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation). Títulos a curto prazo do governo dos EUA pagam essencialmente zero.
Portanto, de acordo com estatísticas oficiais do governo estado-unidense, os poupadores americanos estão a perder anualmente entre 3,9% e 4,4% do seu capital. Segundo a estimativa de John Williams da taxa real de inflação, os poupadores dos EUA estão a perder 11,5% das suas poupanças acumuladas.
Quando americanos reformados não recebem juros sobre as suas poupanças, eles têm de gastar o seu capital. A capacidade de mesmo os mais prudentes reformados sobreviverem com as taxas de juro negativas que estão a receber e a erosão pela inflação de quaisquer pensões que recebam chegará a um fim uma vez que os seus activos acumulados sejam exauridos.
Excepto para os mega-ricos protegidos de Washington, o um por cento que capturou todos os ganhos de rendimento dos últimos anos, o resto da América foi remetido para o caixote do lixo. Nada, o que quer que seja, foi feito para eles desde o golpe da crise financeira de Dezembro de 2007. Bush e Obama, republicanos e democratas, centraram-se em salvar o 1 por cento enquanto faziam um manguito para os 99 por cento.
Finalmente, alguns americanos, embora não os suficientes, entenderam o “patriotismo” do desfraldar a bandeira que os remeteu para o caixote do lixo da história. Eles não vão afundar sem um combate e estão nas ruas. O Occupy Wall Street propaga-se. Qual será o destino deste movimento?
Será que a neve e o gelo do tempo frio acabará os protestos, ou os remeterá para dentro de edifícios públicos? Quanto tempo as autoridades locais, subservientes a Washington como são, toleram o sinal óbvio de que falta à população qualquer confiança que seja no governo?
Se os protestos perdurarem, especialmente se crescerem e não declinarem, as autoridades infiltrarão os manifestantes com provocadores da polícia que dispararão sobre a polícia. Isto será a desculpa para abaterem os manifestantes e prenderem os sobreviventes como “terroristas” ou “extremistas internos” e enviá-los para os campos de 385 milhões de dólares construídos por contrato do governo dos EUA pela Halliburton de Cheney.
A SEGUIR AO ESTADO POLICIAL AMERIKANO
O Estado Policial Amerikano terá dado seu passo seguinte para o Estado de Campo de Concentração Amerikano.
Enquanto isso, perdidos na sua inconsciência, conservadores continuarão a resmungar acerca da ruína do país devido ao casamento homossexual, ao aborto e aos media “liberais”. Organizações liberais comprometidas com a liberdade civil, tais como a ACLU, continuarão a equiparar o direito da mulher a um aborto com a defesa da Constituição dos EUA. A Amnistia Internacional apoiará Washington demonizando o seu próximo alvo de ataque militar enquanto fecha os olhos aos crimes de guerra do presidente Obama.
Quando consideramos que Israel, sob a protecção de Washington, tem escapado impune – apesar de crimes de guerra, assassinatos de crianças, a expulsão em total desrespeito do direito internacional de palestinos da sua terra ancestral, do arrasamento das suas casas com bulldozers e do arrancamento dos seus olivais a fim de entregar terras a “colonos” fanáticos – podemos apenas concluir que Washington, o viabilizador de Israel, pode ir muito mais longe.
Nestes poucos anos de abertura do século XXI, Washington destruiu a Constituição dos Estados Unidos, a separação de poderes, o direito internacional, a responsabilidade do governo e sacrificou todo princípio moral a fim de alcançar hegemonia no mundo todo. Esta agenda ambiciosa está a ser empreendida enquanto simultaneamente Washington removeu toda regulamentação sobre a Wall Street, o lar da cobiça maciça, permitindo ao horizonte de curto prazo da Wall Street arruinar a economia dos EUA, destruindo portanto a base económica para o assalto de Washington ao mundo.
Será que os EUA entrarão em colapso, num caos económico, antes de dominarem o mundo?
21/Outubro/2011

O original encontra-se em
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=27205
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/

sábado, 29 de outubro de 2011

Livro: Correspondência completa entre Roosevelt e Stalin.

Prezado Sr. Stalin

Livro de
   Susan Butler
Editora:  Zahar

  Os dois líderes trocaram 304 cartas durante a Segunda Grande Guerra, lembrando que nos EUA o anti-comunismo ainda não tinha lançado a Guerra Fria efetivada depois da morte de Roosevelt (1945) e no pós-guerra.
  Mesmo tendo prefácio de Arthur M. Schlesinger com o clássico preconceito que apresenta, trata-se de um bom livro.

             Amaro Sérgio Azevedo

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A Honra Reconquistada de Muammar al-Gaddafi







sexta-feira, 28 de outubro de 2011


 

Por Mario Maestri*

Muammar Abu Minyar al-Gaddafi caiu combatendo na defesa da independência nacional de sua nação. Resistiu, cidade por cidade, quarteirão por quarteirão, casa por casa, até ficar encurralado com seus derradeiros companheiros e companheiras, feras indomáveis, nos poucos metros de terra líbia livre. Como dissera, enfrentou, até a morte, irredutível, a coligação das mais poderosas nações imperialistas ocidentais.

Ferido, foi preso, achincalhado, arrastado, torturado e, já moribundo, assassinado. Em torno dele desencadernava a canalha armada e excitada que se banqueteava, havia semanas, rapinando, executando, violando a população da cidade heróica de Sirte, arrasada por sua resistência à recolonização do país. Sirte, no litoral mediterrânico, com mais de 130 mil habitantes, éi sede de universidade pública, destruída, e do terminal do impressionante rio artificial que retirava as águas fósseis do deserto do Saara para aplacar a das populações e agricultura líbia.

Nas últimas cidades rebeldes, encanzinados franco-atiradores, homens e mulheres, jovens e adultos, foram calados com o arrasamento pela artilharia pesada dos prédios em que se encontravam. Estradas, portos, centrais elétricas e telefônicas, quartéis, escolas, creches, hospitais, aeroportos, estações televisivas e radiofônicas, a infraestrutura do país construída nas últimas quatro décadas, foi arrasada por seis meses de ataques aéreos, navais e missilísticos - mais de cinqüenta mil bombas! -, responsáveis por enorme parte dos talvez cinqüenta mil mortos, em população de pouco mais de seis milhões de habitantes.

A lúgubre paz dos cemitérios reina finalmente sobre a Líbia submetida.

Quarenta e dois anos após a conquista de sua independência nacional, a Líbia retorna ao controle neocolonial do imperialismo inglês e francês, que dividiram a hegemonia sobre o país após a 2ª Guerra, que pôs fim à dura dominação colonial da Itália fascista. Tudo é claro sob a vigilância impassível da hiena estadunidense.

Em 1969, o então jovem coronel Muammar, com 27 anos, chegava do deserto para comandar o golpe de jovens militares pela independência e unidade da Líbia, animado pelas esperançosas idéias do pan-arabismo de corte nacionalista e socialista. Do movimento surgiu um Estado laico, progressista e anti-imperialista, que nacionalizou os bancos, as grandes empresas e os recursos petrolíferos do país.

Quarenta e três anos mais tarde, Gaddafi cai simbolizando os mesmos ideais. Com sua morte, expia dramática e tardiamente sua irresponsável tentativa de acomodação às forças do imperialismo, empreendida após a vitória mundial da contra-revolução liberal.

Quem abraça o demônio, jamais dirige a dança! Foi o movimento de privatizações, de "austeridade", de abertura ao capital mundial, de apoio às políticas imperialistas na África, etc., sob os golpes da crise mundial, o grande responsável pela perda de consenso social de ordem que, no contexto de suas enormes contradições, realizara a mais ampla e democrática distribuição popular da renda petroleira das nações arábico-orientais.

Por décadas, ao contrário do que ocorria com tunisianos, argelinos, egípcios, etc. não se viu na Europa um líbio à procura de um trabalho que encontrava em seu país. Ao contrário, o país terminou como destino de forte imigração de trabalhadores da África negra subsaariana, atualmente maltratados, torturados, executados por membros das "tropas revolucionárias" arregimentadas pelo imperialismo, sob a desculpa de ser os "mercenários" de Ghadafi.

A intervenção na Líbia não procurou apenas recuperar o controle direto das importantes reservas petrolíferas pelo imperialismo inglês, francês e estadunidense. Objetivou também assentar golpe mortal na revolução democrática e popular do norte da África, mostrando a capacidade de arrasar implacavelmente qualquer movimento de autonomia real. Com uma Líbia recolonizada, espera-se construir plataforma de intervenção regional, que substitua o hoje convulsionado Egito.

A operação líbia significou também conquistas marginais, além do controle do petróleo, da disposição de sufocação da revolução democrático-popular árabe, da construção de plataforma imperialista na região.

Enormes segmentos da esquerda mundial, sem exceção de grupos auto-proclamados radicais, embarcaram-se no apoio de fato à intervenção imperialista, defendendo graus diversos da sui-generis proposta de estar com o "movimento revolucionário" líbio e contra o imperialismo que o criara e sustentara. Aplaudiam as bombas que choviam sobre o país, propondo que não sustentavam a intervenção da OTAN

Para não se distanciarem da opinião pública sobre o governo líbio e os sucessos atuais, construída pela tradicional subordinação e hipocrisia da grande mídia mundial, seguiram na saudação das forças "revolucionárias líbias", como se não fossem meras criaturas da intervenção imperialista, como demonstraram - e seguirão demonstrando - inapelavelmente os fatos! Os revolucionários líbios não avançaram um metro nos combates, sem o aterrador apoio aéreo e a seguir terrestre da OTAN. Em não poucos casos, também como fizera Gaddafi nos últimos tempos, procuram consciente ou inconscientemente acomodar-se à besta imperialista.

·
*Mário Maestri, 63, sul-rio-grandense, é professor do curso e do Programa de Pós-Graduação em História da UFF. maestri@via-rs.net

Fone: Pravda.ru e apoio do PCB

“Islã Calvinista" na Turquia?!!

O Projeto para Redefinir o Islã: A Turquia como o Novo Modelo e “Islã Calvinista

        

ImprimirPDF
imagemCrédito: 2.bp.blogspot
por Mahdi Darius Nazemroaya
Como Washington e seu bando marcham para o Coração da Eurásia, eles têm tentado manipular o Islã como uma Ferramenta Geopolítica. Eles têm criado um caos politico e social no processo. No decorrer do caminho eles têm tentado redefinir o Islã e subordiná-lo aos interesses do capital global inaugurando uma nova geração que se diz islâmica, em sua maioria, entre os próprios árabes.
A Turquia em sua presente forma é apresentada como um modelo democrático a ser seguido pelas massas árabes rebeldes. É verdade que Ankara tem progredido se compararmos aos dias em que os Curdos eram proibidos de falar em público, mas, a Turquia não é uma democracia funcional, ela se parece muito mais com uma cleptocracia com tendências fascistas.
Os militares continuam desempenhando um papel importante nos negócios governamentais e de Estado. O termo “Estado profundo” que denota um Estado dirigido secretamente do topo para baixo por incontáveis pessoas e organizações, de fato, se originou na Turquia. Os direitos civis continuam a ser desrespeitados na Turquia e os candidatos a cargos públicos precisam passar por aprovação do aparato estatal e do grupo que o controla, o que serve para tentar filtrar qualquer um que queira ir contra o status quo na Turquia.
A Turquia não tem sido apresentada como um modelo democrático para os árabes por suas qualidades. Ela é apresentada como um modelo político para os árabes por causa do seu projeto político e socioeconômico “bida” (inovação) que envolve a manipulação do Islã.
Embora seja muito popular, a Justiça Turca e o Partido do Desenvolvimento ou JDO (Adalet ve Kalkinma ou AKP) chegou ao poder em 2002, sem nenhuma oposição dos militares turcos e das cortes turcas. Antes deste partido chegar ao poder, a tolerância dos militares ao Islã político era muito baixa. O JDP/AKP foi fundado em 2001 e o tempo de sua fundação e sua vitória eleitoral em 2002 também estão amarrados ao objetivo de redesenhar o Sudoeste da Ásia e o Norte da África.
Este projeto de manipular e redefinir o Islã visa subordinar o Islã aos interesses da dominante Ordem Mundial capitalista através de uma nova onda de “islamismo político” assim como o JDP/AKP. Uma nova corrente do Islã está se moldando no que vem a ser chamado de “Islã Calvinista” ou uma “Versão Muçulmana da Ética Protestante do Trabalho”. É este modelo que agora é alimentado na Turquia e que estão apresentando ao Egito e aos árabes por Washington e Bruxelas.
Este “Islã Calvinista” também não tem problemas com o “reba” ou sistema de juros, que é proibido pelo Islã. E é este sistema que é utilizado para escravizar os indivíduos e sociedades com as correntes do débito ao capitalismo global. E é neste contexto que o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (EBRD) está clamando pelas supostas “reformas democráticas” no Mundo Árabe.
As famílias dominantes da Arábia Saudita e os Sheiks Árabes do Petróleo também são parceiros na escravização do Mundo Árabe através do débito. A este respeito o Qatar e os sheikados árabes do Golfo Pérsico estão em um processo de criação de um Banco de Desenvolvimento do Oriente Médio, banco que pretende dar empréstimos aos países Árabes para apoiar sua “transição para a democracia”. A missão de promoção da democracia do Banco de Desenvolvimento do Oriente Médio é um tanto quanto irônica, pois, os países que o formam são todos ditaduras convictas.
É esta subordinação do Islã ao capitalismo global que tem causado os atritos internos no Irã.
Abrindo a Porta para uma Nova Geração de Islâmicos
A esperança em Washington é a de que o “Islã Calvinista” se enraíze através de uma nova geração de islâmicos sob a bandeira dos novos Estados democráticos. Estes governos irão efetivamente escravizar os seus países colocando-os mais em dívidas e vendendo ativos nacionais.
Tel Aviv também irá possuir uma larga influência entre esses novos Estados. De braços dados com esse projeto, diferentes formas de nacionalismo etnolinguísticos e intolerância religiosa também vem sendo promovida para dividir a região. A Turquia também desempenha um importante papel, pois é um dos berços para essa nova geração de Islâmicos. A Arábia Saudita também desempenha seu papel apoiando a ala militante desses Islâmicos.
A Reestruturação de Washington no Tabuleiro Geoestratégico
Ter com objetivos o Irã e a Síria também faz parte desta ampla estratégia de controlar a Eurásia. Os interesses chineses tem sido atacados em todos os locais do mapa global. O Sudão foi balcanizado, e tanto o Sudão Norte, quanto o Sudão Sul estão caminhando para o conflito. A Líbia foi atacada e está em vias de ser balcanizada. Estão pressionando a Síria para que esta se renda e entre na linha. Os EUA e a Inglaterra estão integrando seus conselhos de segurança, de modo comparável com os corpos Anglo-Americanos da Segunda Guerra Mundial.
O ato de focar o Paquistão também está ligado à neutralização do Irã e ao ataque aos interesses chineses e qualquer futura união na Eurásia. Acerca disso, os EUA e a OTAN têm militarizado as águas ao redor do Iêmen. Ao mesmo tempo, na Europa Oriental, os EUA estão construíndo fortificações na Polônia, na Bulgária e na Romênia, visando neutralizar a Rússia e os países da antiga União Soviética. Bielorússia e Ucrânia também foram postos sob pressão. Todos esses passos são parte de uma estratégia que visa sitiar a Eurásia e também controlar os recursos energéticos ou a afluência energética para a China. Da mesma forma, Cuba e Venezuela estão sob crescente ameaça. O laço militar está sendo apertado globalmente por Washington. O Pentágono, a OTAN e Israel podem ainda selecionar algum destes novos governos para justificar novas guerras. Parece que os novos partidos islâmicos estão sendo formados e preparados pelos al-Sauds, com a ajuda da Turquia, para tomar o poder das capitais árabes.
É preciso mencionar que Norman Podhoretz, um membro original do Project for a New American Century (PNAC), em 2008 sugeriu um cenário futuro apocalíptico em que Israel lança uma guerra nuclear contra o Irã, a Síria e o Egito entre outros países vizinhos. Isto pode incluir o Líbano e a Jordânia. Podhoretz descreveu uma Israel expansionista e também sugeriu que os israelenses poderiam ocupar militarmente as regiões petrolíferas do Golfo Pérsico.
O que por outro lado veio como singular em 2008 foi a sugestão de Podhoretz, que foi influenciada pela análise estratégica do Center for Strategic and International Studies (CSIS), de que Tel Aviv poderia lançar um ataque nuclear em seus leais aliados egípcios no poder em Cairo sob o Presidente Mubarak. Apesar do fato do antigo regime ainda persistir, não é mais Mubarak quem está no poder. Os militares egípcios continuam dando ordens, mas, os islâmicos podem chegar ao poder. Isto está ocorrendo apesar do fato de o Islã continuar a ser demonizado pelos EUA e pela maioria dos aliados da OTAN.
Futuro Desconhecido: O que vem depois?
Os Estados Unidos, a União Europeia e Israel estão tentando utilizar os protestos no Mundo Turco-Arábico-Iraniano para promover os seus próprios objetivos, incluindo a guerra na Líbia e o apoio à insurreição Islâmica na Síria. Juntamente com os al-Sauds, eles estão tentando difundir a “fitna” ou a divisão entre os povos do Sudoeste da Ásia e os do Norte da África. A estratégia Khaligi-Israelense, formada por Tel Aviv e as famílias árabes dominantes no Golfo Pérsico, é crucial para isso.
No Egito, as revoltas sociais estão longe de terminar e as pessoas estão se tornando mais radicais. Isto está resultando em concessões por parte da Junta Militar no Cairo. Os movimentos de protesto estão agora direcionando as críticas ao relacionamento entre a Junta Militar e Israel. Na Tunísia, os movimentos sociais também estão caminhando para a radicalização.
Washington e seu bando estão brincando com fogo. Eles podem pensar que este período de caos lhes apresente uma ótima oportunidade para confrontar o Irã e a Síria. A confusão que vem se estabelecendo no mundo Turco-Árabe-Irâninano terá resultados imprevisíveis. A resistência popular no Barein e no Iêmen às ameaças de crescimento da violência infringida pelo Estado indicam que a articulação dos movimentos de protesto anti-EUA e anti-Sionista está mais coesa.
Mahdi Darius Nazemroaya é especialista em Oriente Médio e Ásia Central. Ele é um Pesquisador Associado ao Centre for Research on Globalization (CRG).
Traduzido para Diário Liberdade por E. R. Saracino.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Obama, sorrisos e morte. Agora Uganda!!


Nota dos Editores

Uganda, a nova agressão militar dos Estados Unidos


26.Out.11 :: Editores


Explodiam as últimas bombas sobre a Líbia quando a Casa Branca tomou a decisão de intervir militarmente noutro país africano. A agressão teve por alvo o Uganda e passou quase despercebida; os media dedicaram-lhe menos atenção do que ao namoro de uma estrela de Hollywood.
O presidente Obama achou oportuno anunciar o desembarque em Uganda de tropas de combate dos EUA num discurso dirigido ao povo norte-americano.
«Foi necessário - afirmou - proceder à remoção de Joseph Kony do campo de batalha porque o exército de Resistência do Senhor» configura «uma ameaça para a segurança regional».
A sinuosidade do discurso presidencial torna indispensável a sua descodificação.
O exército a que se refere é um fantasma. O «inimigo» desta vez é uma mini guerrilha, na realidade uma seita religiosa sem base social, que opera no país há mais de 20 anos; Kony o seu teólogo.
Somente agora a Casa Branca tomou conhecimento da existência desses perigosos guerrilheiros.
Vai durar muito a permanência das tropas especiais estadunidenses? Obama dissipou dúvidas: «ficarão nos país tempo que for necessário». E acrescentou: os militares norte-americanos estão disponíveis para intervir no Congo e na República Centro Africana», se isso for solicitado por Estados da Região.
Esta nova intervenção militar dos EUA insere-se na estratégia que levou à criação do AFRICOM, o exército permanente americano para o Continente cujo comando funciona ainda na Alemanha, enquanto decorrem negociações para a sua instalação numa capital africana.
Os aliados europeus, Sarkozy, Merkel e Cameron, apoiam a estratégia imperial dos EUA cujas agressões justificam o rótulo que lhe colam já de IV Reich.
Observadores recordam que Hitler anexou a Áustria, garantindo que não tinha mais reivindicações. No ano seguinte, após Munique, ocupou a Checoslovaquia, anunciando uma era de paz. Em l939 invadiu a Polónia.
Até onde ira o imperialismo norte-americano? Invadiu o Iraque e o Afeganistão; patrocinou e financiou a agressão à Líbia, alegando a necessidade de proteger as populações numa intervenção humanitária; agora invade o Uganda, e ameaça a Síria e o Irão.
Lentamente, os povos, da Ásia à Europa e da América Latina à África, tomam consciência de que a barbárie imperialista representa hoje uma ameaça global à humanidade. Mobilizarem-se contra ela em defesa da civilização, da própria continuidade da vida é uma exigência da Historia.
OS EDITORES DE O DIARIO INFO

Os Editores

Reflexões de Fidel Castro: O papel genocida da OTAN (Primeira parte)

Reflexões de Fidel Castro: O papel genocida da OTAN (Primeira parte) PDF Imprimir E-Mail
Escrito por Erica Soares   
martes, 25 de octubre de 2011
líder da Revolução Cubana, Fidel Castro25 de octubre de 2011, 08:27Havana, 25 out (Prensa Latina) "O papel genocida da OTAN (Primeira parte)" é o título da mais recente das Reflexões do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.

  A Prensa Latina transmite a seguir o texto na íntegra:

O papel genocida da OTAN

Essa brutal aliança militar tornou-se o mais pérfido instrumento de repressão já conhecido na história da humanidade.

A OTAN assumiu esse papel repressivo global logo depois do desaparecimento da URSS, que tinha servido como pretexto aos Estados Unidos para criá-la. O seu criminoso objetivo foi evidente na Sérvia, um país de origem eslava, cujo povo lutou muito corajosamente contra as tropas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Quando no mês de março de 1999 os países dessa nefasta organização, nos seus esforços por desintegrar a Iugoslávia, após a morte de Josip Broz Tito, enviaram suas tropas para apoiar os secessionistas cossovares, encontraram uma forte resistência daquela nação cujas experientes forças estavam intactas.

A administração ianque, aconselhada pelo Governo espanhol de direita de José Maria Aznar, atacou as emissoras de televisão da Sérvia, as pontes sobre o rio Danúbio e Belgrado, capital desse país. A embaixada da República Popular da China foi destruída pelas bombas ianques, vários funcionários morreram e não podia existir um erro possível como alegaram os autores. Numerosos patriotas sérvios perderam a vida. O presidente Slobodan Milo�íevic, abrumado pelo poder dos agressores e pelo desaparecimento da URSS, cedeu às exigências da OTAN e admitiu a presença das tropas dessa aliança dentro de Cossovo sob o mandato da ONU, o que ao final levou à sua derrota política e a seu posterior julgamento pelos tribunais nada imparciais de Haia. Morreu de uma maneira estranha na cadeia. Se o líder sérvio tivesse resistido mais alguns dias, a OTAN teria entrado em uma grave crise que esteve a ponto de estourar. Deste modo o império dispôs de ainda mais tempo para impor a sua hegemonia entre os cada vez mais subordinados membros dessa organização.

De 21 de fevereiro a 27 de abril do presente ano publiquei no site Cubadebate nove Reflexões sobre o tema, nas quais abordei amplamente o papel da OTAN na Líbia e o que, na minha opinião, iria acontecer.

Por isso, vejo-me obrigado a fazer uma síntese das ideias essenciais que eu expus e dos fatos que têm acontecido tal e como foram previstos, agora que um personagem central da história, Muammar Al-Gaddafi, foi gravemente ferido pelos mais modernos caça-bombardeiros da OTAN que interceptaram e inutilizaram o seu veículo, capturado ainda vivo e assassinado pelos homens que essa organização militar armou.

O seu cadáver foi sequestrado e exibido como um troféu de guerra, uma conduta que viola os mais elementares princípios das normas muçulmanas e outras crenças religiosas que existem no mundo. Anuncia-se que em breve tempo a Líbia será declarada "Estado democrático e defensor dos direitos humanos".

Vejo-me obrigado a dedicar várias Reflexões sobre estes importantes e significativos fatos.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Irã na mira do imperialismo.

 

25.Out.11 :: Outros autores
Rui PazSão bem conhecidos os métodos utilizados por Washington para diabolizar estados que não se submetam. Tal como sucedeu em ocasiões anteriores com outros destinatários, a actual operação de desinformação contra o Irão tem o claro objectivo de tentar uma nova etapa na intervenção imperialista no Médio Oriente.

Os Estados Unidos anunciaram ter descoberto a preparação de um atentado iraniano contra o embaixador da Arábia Saudita em Washington. Mas o descrédito da maior potência militar em matéria do «chamado combate ao terrorismo» é tão grande, que até uma parte significativa da imprensa norte-americana e europeia não esconde o seu cepticismo face aos elementos apresentados pela Casa Branca. Basta recordar o golpe do antrax, a inventona das armas atómicas do Iraque e das ligações de Bagdad à Al-Qaida para rapidamente se compreender o que poderá estar por detrás de tão insólita revelação. Como salienta o correspondente em Washington da revista alemã Der Spiegel «o principal acusado, Mansor Arbabsiar, é um iraniano despassarado com passaporte americano, ex-vendedor falido de carros usados e de petiscos turcos, conhecido, segundo os seus vizinhos, por perder as chaves, a carteira e o telemóvel. Nunca se interessou por religião nem política mas por droga e álcool». É pouco credível que um homem com tal perfil esteja envolvido num plano tão complexo dos serviços secretos iranianos, sendo acusado de ter contratado um bando de criminosos altamente perigoso do cartel da droga mexicano para assassinar o embaixador da Arábia Saudita em Washington, e que, por infelicidade, tal plano tenha ido parar às mãos de um informador da polícia norte-americana.
Felizmente que hoje são bem conhecidos os métodos utilizados por Washington para diabolizar estados que não se submetam.
São muitas as razões que levam o actual presidente norte-americano, prémio Nobel da Paz, a procurar novos campos de batalha e mais motivos de confrontação. Não tendo conseguido até agora dividir o mundo árabe e muçulmano no apoio à proclamação como membro da ONU do Estado livre, soberano e independente da Palestina, e confrontado com o veto da Rússia e da China contra a escalada intervencionista contra a Síria, Obama procura acicatar as contradições entre Teerão e Riad na esperança de, tal como na guerra contra a Líbia, poder contar cada vez mais com o apoio das monarquias feudais do chamado Conselho do Golfo para estender o domínio imperialista dos Estados Unidos a todo o Médio Oriente. Por isso, os guerreiros de Obama prosseguem o assassínio à distância por aviões teleguiados dos adversários de Washington. Segundo os números oficiais do Pentágono, tais execuções sem julgamento mataram até agora 33 rebeldes militares e 1457 civis. No Paquistão, a imprensa fala de muitos milhares de mortos entre a população.
Para melhor enganar os povos, as potências da NATO costumam chamar às montanhas de cadáveres provocadas pelos seus bombardeamentos «danos colaterais». Mas tanto sofrimento aumentará a consciência dos povos do Médio Oriente de que nesta fase superior e criminosa do capitalismo, as verdadeiras revoluções democráticas e libertadoras não podem deixar de visar o imperialismo, a defesa da soberania nacional e da justiça social, e de se dirigirem contra o poder do capital financeiro e da burguesia monopolista, a mais perigosa e brutal classe exploradora e opressora da história da humanidade.
Rui Paz

Venezuela: Proposta do PCV para a formação do Polo Patriótico

Imprimir PDF
imagemCrédito: PCV
Venezuela
Caracas, 5 de outubro de 2011, Tribuna Popular (TP). Voltamos a publicar a proposta feita pelo Partido Comunista da Venezuela (PCV) entregue ao Presidente Chávez e aos Partidos e movimentos que apóiam o processo revolucionário, sobre a formação e estrutura que deveria ter a Frente Ampla Nacional Patriótica, chamada também Polo Patriótico.
UNIDADE DAS FORÇAS PATRIÓTICAS
para APROFUNDAR a REVOLUÇÃO
- Propostas do PCV sobre o “Polo Patriótico” -
INTRODUÇÃO
A independência, a autodeterminação e o desenvolvimento soberano são os princípios pelos quais nosso povo tem combatido por mais de 200 anos, uma heróica tradição de abnegação e sacrifício contra o colonialismo, a escravidão, a servidão e toda forma de exploração. Destas experiências inestimáveis nos nutrimos as forças progressistas, democráticas e revolucionárias venezuelanas – especialmente as e os comunistas –, entre as quais destaca a façanha internacionalista libertadora encabeçada por Simón Bolívar, da qual também nos sentimos e sabemos continuadores.
O processo revolucionário venezuelano, intimamente ligado às lutas da América Latina e do Caribe, percorreu diversas fases nas quais o povo sempre tem sido combatente protagonista, destacando o papel cumprido por organizações e dirigentes que com firmeza ofereceram suas vidas na resistência contra a imposição da Doutrina Monroe e seu pan-americanismo, frente a qual levantaram – e seguimos reivindicando – as bandeiras latino-americanas de liberdade, soberania, autodeterminação e democracia.
A contradição principal da Venezuela, para poder avançar no caminho de sua libertação definitiva, segue sendo hoje a que expressa o enfrentamento dos interesses de nossa Nação com os do imperialismo, especialmente o estadunidense.
Isso coloca o imperialismo, e os monopólios associados a ele, em condições de dependência, como o principal inimigo da Revolução. Mas, ao mesmo tempo, nos aponta o amplo leque de classes e estratos sociais que têm interesse nas transformações delineadas, especialmente a classe operária, as massas trabalhadoras do campo e da cidade, estudantes, pequenos e médios proprietários, é afirmar a imensa maioria do povo venezuelano, os setores que em maior ou menor medida são os oprimidos e explorados pelo sistema capitalista, sustentado pelo imperialismo e seus lacaios.
A necessidade histórica de construir um instrumento político amplo e unitário das forças revolucionárias e dos setores patrióticos organizados, para transitar nas melhores condições a fase nacional libertadora da revolução venezuelana, tem sido proposta programática do PCV. Já desde os tempos do “Polo Patriótico” – com ele que o povo venezuelano logrou a grande vitória de dezembro de 1998 – apresentamos a proposta de que este transcendera seu caráter eleitoral e sirva de base para construir a expressão orgânica permanente da aliança anti-imperialista.
Mas não basta identificar corretamente as classes, estratos sociais e organizações que objetivamente são chamadas a conformar esse instrumento em virtude de que seus interesses coincidem com os da pátria venezuelana na luta contra o imperialismo e pela plena libertação nacional. Se requer também que essa coincidência venha a ter expressão política organizada.
Nosso XII Congresso (2006) constatou os enormes prejuízos que a inexistência desse espaço estava causando a fase atual do processo revolucionário, sendo cada eleição uma oportunidade desperdiçada para isso. Pouco se avançou desde então, e continuamos privados de instâncias e mecanismos estáveis e eficazes de planificação, avaliação e controle popular revolucionário, nos quais as distintas forças, organizações e mesmo os indivíduos que deveriam contribuir, tenham voz e presença permanente numa estrutura orgânica de direção unitária e coletiva. Tal carência se tem mantido, em boa medida, pela falta de consciência sobre essa necessidade entre os altos dirigentes do processo, que têm tido limitações para compreender o papel que corresponde a cada classe e estrato social, a seus Partidos, organizações e dirigentes, e o caráter da atual fase histórica, atuando em ocasiões com espontaneidade e voluntarismo.
Isso tem levado não somente ao perigoso atraso no início da construção da instância de direção coletiva e unitária que necessita a revolução venezuelana, mas também ao afastamento desnecessário de fatores e forças que objetivamente deveriam integrar a aliança anti-imperialista, que se separaram por não haver encontrado um espaço orgânico para o debate e confrontação de suas opiniões e contribuições e para contribuir com a construção coletiva da linha política do processo.
Desde princípios deste ano, o camarada Hugo Chávez – que exerce o principal papel de liderança na atual fase do processo revolucionário venezuelano –, propôs o lançamento do que tem sido chamado “Grande Polo Patriótico”. O PCV reitera sua opinião positiva em relação a esse lançamento, que é uma oportunidade para corrigir a situação descrita, e insiste que este espaço deve ser qualitativamente novo, como instância político-organizativa unitária e com direção coletiva; dotado de uma proposta programática clara em ralação aos seus objetivos de curto, médio e longo prazo; permanente e não conjuntural; com visão estratégica e não restrita ao âmbito eleitoral; que estimule e promova de forma crítica e autocrítica a discussão política e ideológica de fundo, para a elaboração e aplicação de políticas de Estado e de gestão de governo; e, especialmente, que se caracterize por una dinâmica interna que expresse a unidade na diversidade e favoreça a participação democrática de todas as correntes, organizações, tendências e fatores políticos e sociais que compõem a aliança anti-imperialista.
As forças democráticas, progressistas e revolucionárias, que com diversos alcances, tempos e maneiras temos sido e somos expressão política da construção revolucionária que se leva a cabo em nossa pátria, estamos comprometidos com o aprofundamento do cambio social iniciado, com as transformações anti-imperialistas, libertadoras e democrático-populares.
As e os comunistas concebemos este espaço imprescindível – além do nome que seja adotado –, como uma Frente Ampla Nacional Patriótica.
A perspectiva socialista
O PCV é consequente com o legado dos fundadores do socialismo científico, quando definiram que “Os comunistas não têm por que guardar encobertas suas ideias e intenções.” Por esse, expressamos claramente que ao mesmo tempo que promovemos a formação desta Frente Ampla Nacional Patriótica (denominada “Polo Patriótico”), as forças dentro dessa aliança que estamos histórica e objetivamente, mas consequentemente comprometidos com a perspectiva socialista, temos a tarefa simultânea de ir construindo o “Bloco Popular Revolucionário” (BPR), necessariamente circunscrito a todos que pretendem resolver a contradição fundamental da sociedade – entre o caráter cada vez mais social da produção e a apropriação privada do capital, mediante a completa derrota e abolição do sistema de exploração capitalista –, e que portanto não pode incluir absolutamente nenhuma fração burguesa nem organização alguma que expresse seus interesses.
Mas esse processo de conformação do BPR deve fazer-se sem promover rupturas na Frente Ampla, mas como parte dialética desse. Isso requer habilidade política, clareza conceitual e constância pela parte das e dos revolucionários, pois se trata de atender duas linhas de ação que devem avançar simultaneamente – como já expressou nosso XIII Congresso Extraordinário (2007) – em dos planos organizativos diferentes: uma orientada à consolidação da ampla coalizão anti-imperialista junto a alguns elementos, setores e frações da classe exploradora; a outra orientada ao fortalecimento, dentro dessa mesma aliança, dos elementos, frações e setores que buscam avançar além do anti-imperialismo, para a perspectiva marxista do socialismo e a abolição total da exploração de classe.
É responsabilidade do PCV e do conjunto das forças genuinamente comprometidas na luta pela sociedade socialista, lograr que a classe operária se constitua no eixo do BPR. Devemos defender os objetivos anti-imperialistas e de libertação nacional, fortalecendo ao mesmo tempo as bandeiras classistas e socialistas.
Consequentemente, se faz necessário abordar com flexibilidade dialética e habilidade política a construção simultânea em dois níveis diferentes, um mais tático e outro mais estratégico. E em todo momento devemos levar em conta que a atual fase do processo, além de seus limites, problemas e dificuldades, tem constituído e constitui um cenário que abre oportunidades e possibilidades para avançar. É nossa obrigação aproveitar essa fase ao máximo para acumular forças a favor do movimento popular e revolucionário, dentro das condições reinantes, nos esforçando para que estas se preservem e se desenvolvam enquanto se amadurece e se fortalece o Bloco Popular Revolucionário.
PROGRAMA MÍNIMO
A Frente Ampla Nacional Patriótica (denominada “Polo Patriótico”) deve guiar sua atuação no marco de um Programa Mínimo, discutido e aprovado por todas as organizações, que permita adiantar as tarefas políticas e econômicas que demanda a fase de libertação nacional, baseado em:
1. Avançar na construção de um Estado Democrático Popular Revolucionário.
- Constituído pelas forças revolucionárias, democráticas e progressistas, tendo como tarefa central gerar justas relações sociais, econômicas e políticas, baseadas na soberania nacional e em uma economia democrática e independente, ao serviço do povo trabalhador, para o qual é necessário liquidar a dominação do imperialismo e dos monopólios locais.
- Esse Estado deve ser a expressão institucional do Poder Popular, baseado na direção política da classe operária, na aliança com as e os trabalhadores em geral, da cidade e do campo, e dos estratos sociais historicamente excluídos, desenvolvendo uma autêntica democracia participativa.
- Se deve combater – mediante o controle social – com todas as ferramentas necessárias: o burocratismo, a ineficiência, o esbanjamento, o nepotismo, o assistencialismo e a corrupção.
- Se deve garantir o desfrute dos direitos e exigir o cumprimento dos deveres a todas e todos os cidadãos. Estimular o exercício da crítica popular por meio das organizações políticas revolucionárias e de massas, para corrigir os erros na administração pública e na condução do Estado. As e os trabalhadores devem estar incorporados de maneira efetiva às instâncias de direção do Estado, da economia e dos serviços públicos.
- Desenvolver uma ampla revolução cultural, que tenha como centro a ideologia revolucionária, [que] substitua paulatinamente os valores da moral burguesa.
- Durante as eleições – incluso na sua modalidade de democracia representativa – seja uma das principais formas de luta de massas, devem ser feitos os maiores esforços para lograr triunfos esmagadores, garantindo a marcha coesa, coerente e unitária das diversas forças políticas e sociais revolucionárias, com uma ampla política eleitoral, que reconheça as particularidades de cada organização.
2. Desenvolvimento planificado da economia e das forças produtivas sobre a base soberana de sua diversificação, modernização e industrialização.
- Assentar as bases de um novo modelo econômico, produtivo, soberano e justo, baseado no Sistema Nacional de Planificação, com participação direta das e dos trabalhadores, desenvolvendo a industrialização com soberania, para uma economia diversificada, com alta capacidade produtiva, estabelecendo simultaneamente uma agricultura sustentável e técnica de grande produtividade, ao serviço do interesse nacional e popular.
- Impulsionar a socialização da propriedade sobre os principais e fundamentais meios de produção e as formas de produção substitutivas do capitalismo, com um novo modelo de gestão baseado no controle operário e social sobre a produção, administração e distribuição de bens e serviços.
- Garantir o papel predominante do Estado em todos os aspectos de produção, tecnológicos, de comercialização e transporte na indústria pesada, média e ligeira, e das riquezas naturais, proibindo o capital imperialista e os monopólios a ele associados, mantendo controle estrito de capitais internacionais que se são aplicados naquelas indústrias e ramos da produção que expressamente forem determinados.
- Nacionalizar, com participação protagonista e controle das e dos trabalhadores, todo o sistema financeiro e do comércio exterior, assim como os monopólios de produção e comercialização dos produtos de consumo massivo, e eliminar o latifúndio, para garantir o abastecimento à população, o controle dos preços e a soberania alimentar.
- Impulsionar um reordenamento do país, com o objetivo de adaptar a divisão político-territorial às necessidades da população, a economia e aos eixos e pólos de desenvolvimento cientificamente localizados no território nacional.
3. Luta intransigente pelos direitos integrais das e dos trabalhadores e de todos os setores sociais oprimidos e explorados pelo capitalismo.
- Consolidar um Sistema de Seguridade Social universal, integral e eficiente, como serviço público não lucrativo, que garanta e assegure ao povo proteção nas diversas contingências.
- Impulsionar a formação de um Sistema único nacional de Saúde, integrado ao Sistema de Seguridade Social, regido pelos princípios de gratuidade, universalidade, integralidade, equidade, integração social e solidariedade, e uma indústria nacional de produção de insumos para a saúde.
- Impulsionar uma nova e revolucionária Lei Orgânica do Trabalho, a Lei Especial de Conselhos Socialistas de Trabalhadores e Trabalhadoras, o fortalecimento do movimento operário e sindical classista, e apoio consequente com a luta pela defesa da saúde e da vida nos locais de trabalho, fortalecendo o papel das e dos delegados de prevenção.
- Reformar integralmente o sistema tributário, com eliminação do IVA, elevação dos impostos pagos pelos grandes capitais e dos lucros inesperados.
- Lutar para garantir o incremento do investimento social e a institucionalização e regulação das Missões que não constituam assistencialismo, como programas de Estado na administração pública nacional.
- Manter a defesa irrestrita dos direitos das e dos trabalhadores e de todo o povo, impulsionando os processos de conscientização revolucionária, organização autônoma e mobilização.
- Garantir os direitos da juventude ao estudo, ao trabalho, ao esporte, à cultura e a uma moradia digna.
- Criar as condições necessárias para cumprir e tornar reais as justas ânsias pela igualdade política, econômica, social e jurídica das mulheres.
4. Defesa irrestrita da pátria e da Revolução frente aos inimigos internos e externos.
- O Estado aprofundará o desenvolvimento de uma concepção integral de defesa da Nação, promovendo a formação, organização e mobilização consciente de todo o povo, frente as ameaças de intervenção e de agressão imperialista.
- A Força Armada Nacional, a Reserva Militar e as Milícias territoriais, estarão ao serviço dos interesses populares e das transformações econômico-sociais do Estado Democrático Popular Revolucionário, garantindo a integridade territorial da Nação e sua soberania.
- Impulsionar os meios de comunicação social para que estejam ao serviço da formação cultural do povo, da educação e do desenvolvimento independente do país.
5. Unidade dos povos latino americanos caribenhos sobre a base da igualdade, da solidariedade e do respeito mútuo, e da defesa comum contra o imperialismo.
- Aprofundar os processos de unidade e integração na América Latina e o Caribe, sobre a base da defesa eficaz dos interesses nacionais comuns de nossos povos frente ao poderio das [empresas] transnacionais e das diversas agências econômicas do imperialismo, tais como o Fundo Monetário Internacional [FMI], o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento [BID] e outros.
- Impulsionar o desenvolvimento de relações com todos os países e povos do mundo, sobre a base da coexistência pacífica, o respeito mútuo e a autodeterminação dos povos, com uma ativa política a favor da paz mundial, do desarmamento e da distensão internacional.
- Rechaçar as ingerências do imperialismo, do sionismo e de seus corpos policiais, radicalizando a denúncia desta política intervencionista realizada por meio de agências como a USAID, a NED e supostas ONGs nos assuntos internos do país.
- Desenvolver uma ativa política de solidariedade com os movimentos de libertação nacional e das lutas dos movimentos operários e populares por suas justas reivindicações.
O PCV entende que a consolidação destes avanços e seu desenvolvimento posterior em fases superiores de progresso econômico, de bem-estar material, de participação política, dos valores éticos, da realização cultural, da equidade e da igualdade social se encontram condicionados à sua vinculação orgânica com a construção da sociedade Socialista. A fase revolucionária de libertação nacional tem sua razão histórica de ser enquanto cria as bases materiais e espirituais para avançar na transformação revolucionária da sociedade.
CARÁTER
A Frente Ampla Nacional Patriótica (denominada “Polo Patriótico”) deve se fundamentar sobre a base do respeito à autonomia e independência de todas as organizações políticas e sociais que a formarão, sob o princípio de unidade na diversidade. Deve ser uma instância orgânica que permita coordenar os distintos e heterogêneos setores patrióticos, para impulsionar uma política coletiva que oriente a luta pela Revolução venezuelana.
Deve-se constituir como instância unitária e coletiva de articulação das organizações do processo revolucionário venezuelano, marcado no impulso de uma doutrina integral de libertação e desenvolvimento soberano da Nação, na qual confluam todos os partidos políticos e organizações de massas comprometidas com o processo em curso em nosso país, que assumam o Programa Mínimo.
Deve ser de caráter nacional, estadual e municipal, desenvolvendo suas atividades com base em uma planificação nacional, contextualizada em correspondência com as realidades locais.
Em todo espaço territorial se constituirá uma ampla rede de equipes que atuem na realização das tarefas orientadas por cada Conselho Patriótico, para que estude o Programa Mínimo o leve a cabo, adaptando às condições sociopolíticas de cada lugar e mediante às ações que sejam previstas para esse propósito.
OBJETIVOS
1. Impulsionar a unidade de ação política de todas as forças patrióticas comprometidas com as lutas anti-imperialistas e de libertação nacional, com o objetivo de defender e aprofundar a atual fase do processo revolucionário, mirando o seu desenvolvimento como direção coletiva e unitária da Revolução venezuelana.
2. Continuar a criação e fortalecer o Poder Popular, como expressão organizada das forças políticas e sociais revolucionárias do país.
3. Aprofundar o papel protagonista da classe operária, dos trabalhadores e trabalhadoras por meio da construção e fortalecimento dos Conselhos Socialistas de Trabalhadores e Trabalhadoras (CSTT), das organizações sindicais e do movimento das e dos delegados de prevenção.
4. Incidir na superação do atual modelo rentista venezuelano mediante o estabelecimento de um novo modelo produtivo.
5. Aprofundar a formação político-ideológica, especialmente da classe operária.
ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
A Frente Ampla Nacional Patriótica (denominada “Polo Patriótico”) se organizaria nos níveis territoriais e setores sociais fundamentais, com a representação das organizações políticas e sociais que impulsionam o processo revolucionário. Não poderão pertencer à ele os inimigos da revolução, a burguesia pró-imperialista, grandes fazendeiros ou latifundiários, corruptos e qualquer elemento delinquente.
O Conselho Patriótico Nacional constituirá o organismo máximo de coordenação. Suas decisões serão tomadas por consenso entre todas as organizações representadas, orientará e coordenará o trabalho a todos os níveis. Estará composto por representantes, designados da seguinte maneira:
- Dois (2) por cada partido político nacional.
- Dois (2) por cada Comitê Setorial Patriótico Nacional.
A representação dos Comitês Setoriais Patrióticos Nacionais será rotativa, a cada três (3) meses.
O Conselho Patriótico Nacional terá uma Comissão Coordenadora, composta por um (1) representante de cada um dos partidos políticos e um (1) representante de cada Comitê Setorial Patriótico Nacional.
Os Conselhos Patrióticos Estaduais se constituirão a semelhança do nacional, cujos representantes serão designados da seguinte maneira:
- Dois (2) por cada partido político nacional.
- Dois (2) por cada partido político estadual.
- Dois (2) por cada Comitê Setorial Patriótico Estadual.
Cada Conselho Patriótico Estadual terá uma Comissão Coordenadora, composta por um (1) representante de cada um dos partidos políticos nacionais e estaduais, e um (1) representante de cada Comitê Setorial Patriótico Estadual.
Os Conselhos Patrióticos Municipais se constituirão a semelhança dos anteriores, com representantes designados da seguinte maneira:
- Dois (2) por cada partido político nacional.
- Dois (2) por cada partido político estadual.
- Dois (2) por cada Comitê Setorial Patriótico Municipal.
Cada Conselho Patriótico Municipal terá uma Comissão Coordenadora, composta por um (1) representante de cada um dos partidos políticos nacionais e estaduais, e um (1) representante de cada Comitê Setorial Patriótico Municipal.
Os Conselhos Patrióticos Estaduais e Municipais desenvolverão sua atividade com base na planificação e orientação estabelecidas pelo Conselho Patriótico Nacional. Contam com autonomia de suas funções e no exame crítico e autocrítico de toda sua realidade circundante [no aspecto] político, no econômico, no social, no cultural e de controle da gestão do governo.
Em todos os níveis as decisões serão tomadas por consenso de todas as organizações em cada nível de Conselho Patriótico. Todas as organizações representadas atuam em igualdade de condições. As questões nas quais não se alcance o consenso ficarão pendentes para continuar o debate até resolvê-las, sem menosprezar o direito de cada organização de adiantá-las individualmente.
Comitês Setoriais Patrióticos
Para preparar a crescente organização do povo, em seus diferentes e fundamentais setores sociais, se construirão, de maneira concertada e coordenada, Comitês Setoriais Patrióticos, a nível de:
- Trabalhadores e trabalhadoras.
- As [camponesas] e os camponeses e as [pescadoras] e os pescadores.
- Indígenas.
- Juventude.
- Mulheres.
- Profissionais e intelectuais orgânicos.
- As e os pobladores1.
Estes Comitês Setoriais Patrióticos – e outros que acorde o Conselho Patriótico Nacional – se estruturarão com as organizações sociais e populares com atividade no setor social específico, e terão representação no nível territorial no qual atuem.
Cada Comitê Setorial Patriótico Nacional estabelecerá suas normas internas de funcionamento e designará de seu seio (no respectivo nível) seus representantes rotativos os Conselhos Patrióticos. A Coordenação de cada Comitê Setorial também será rotativa.
Por uma nova correlação de forças popular-revolucionária!
Unidade das forças patrióticas, para o aprofundamento da Revolução!
XLIII Plenária do Comitê Central do Partido Comunista da Venezuela – PCV
Caracas, 9 de abril de 2011.
Traduzido por Rodrigo Jurucê Mattos Gonçalves.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Campos:"Assim, a previsão para uma nova receita de royalties e participação especial para 2012, ficaria assim definida.

"Assim, a previsão para uma nova receita de royalties e participação especial para 2012, ficaria assim definida.


Neste caso, o Rio de Janeiro perderia 39,67%; o município de Campos dos Goytacazes perderia 38,49%; o município de Macaé perderia 29,18% e o município de São João da Barra perderia 37,32%."

Comentando:
Não é o fim do Mundo! Com mais de 600 milhões um governo HONESTO poderá fazer muita coisa pelo municipio, já o atual governo eu não sei ... afinal são muitas boquinhas para alimentar! 
Tanta gente que já estava contando com os 2,1 bilhões ... tadinhos!
Poderá também gostar de:
Anterior Proxima Inicio