Na abertura de sua fala, Sua Eminência desmentiu todos os rumores mentirosos sobre seu estado de saúde. Disse que os boatos vêm no contexto da guerra psicológica contra a Resistência e seu povo.
Nova Nakba...
Sayyed Nasrallah disse que
al-Nakba nos faz pensar imediatamente na Palestina ocupada, nos milhares de palestinos deslocados em 1976 e no estabelecimento da atual situação dos sionistas que conspiraram contra e atacaram todos os países em torno, incluindo
Líbano, Síria, Egito e outros.
Convocou o mundo árabe e muçulmano a "estudar as causas da
Nakba e a identificar as responsabilidades, para que as gerações contemporâneas aprendam com a experiência passada, que incluiu as lutas honradas dos
mujahidin e dos mártires e também os que traíram a própria nação para servir a interesses privados".
Na sequência, Sayyed Nasrallah alertou que a nação árabe e muçulmana enfrenta hoje uma nova
Nakba. "No Líbano, na Síria, Iraque e em todo o mundo árabe e muçulmano onde há
takfiris, haverá uma nova
Nakba."
Sua Eminência conclamou a que enfrentemos o novo projeto
takfiri dos EUA, que criará uma nova
Nakba e visa a segmentar nossa nação muçulmana.
Aconselhou a nação a aprender as lições do passado e que todos os lados têm de assumir suas responsabilidades na luta contra o projeto
takfiri dos norte-americanos, que quer produzir uma
Nakba ainda maior.
"A
Nakba dos militantes
takfiris foi trazida pela primeira vez à região pelo projeto sionista britânico. Agora que a traz é o projeto sionista
takfiri norte-americano, e os EUA o usam para enfraquecer a nação muçulmana, dividi-la em pedaços e assumir o controle de nossas capacidades" - disse Nasrallah.
No coração de Qalamoun. A vitória está próxima
Passando a tratar de alguns aspectos dos sucessos da Resistência em Qalamoun, Sayyed Nasrallah destacou que "o exército sírio, apoiado por outras forças sírias das cidades e vilas de Qalamoun, e o Hizbullah são uma única equipe".
"A equipe adversária é a Frente al-Nusra e o ISIL" - disse Sua Eminência. - "A batalha de Qalamoun está sendo travada em áreas localizadas até a 2.500m acima do nível do mar. Já tivemos várias batalhas em Qalamoun, com derrota para os grupos adversários armados."
Sua Eminência anunciou que a Resistência continua no centro da batalha de Qalamoun. Observou também que a tomada dos postos terroristas em
Qalamoun foi importante para garantir a segurança da rodovia Damasco-Homs e cidades libanesas de fronteira, lembrando as centenas de foguetes disparados da Síria, por grupos armados, contra o Líbano, ao longo de vários anos.
"Não estou dizendo que a região esteja em total segurança, porque ainda há militantes nos arredores de Arsal" - disse Nasrallah, que continuou - "e enquanto estiverem nos arredores de Arsal e de outras áreas remanescentes de Qalamoun, não posso falar de segurança completa."
Para Sayyed Nasrallah, "uma das consequências diretas da batalha de Qalamoun é impor forte derrota aos terroristas e obrigá-los a fugir da áreas onde houve combates. Com isso, foram reconquistados 300 km
2 dos territórios libanês e sírio."
"Os grupos armados sofreram grave derrota e retiraram-se de todas as áreas onde houve combates. As bases que deixaram para trás foram destruídas."
Sua Eminência disse também que "os arredores de Assal al-Wared, al-Jebbeh e Flita foram conectados aos arredores de Baalbek, Nahleh e Younine."
"As maiores fontes financeiras para grupos armados estão no Líbano, apesar de todas as medidas tomadas pelo exército libanês" - salientou Nasrallah.
O líder da Resistência disse que residentes do Vale do Bekaa no Líbano, especialmente moradores de Baalbek e Hermel, não admitirão a presença de terroristas nos arredores de suas vilas e cidades.
Nasrallah previu que "Se o Estado não assumir a responsabilidade de dar segurança a essas cidades, os moradores do Bekaa assumirão eles mesmos a própria segurança".
Enquanto isso, reiterou, "é nosso direito e direito dos cidadãos de Baalbek e Hermel esperar pelo dia em que não haja nem um único terrorista nas áreas próximas da fronteira libanesa."
Nesse contexto, Sayyed Nasrallah garantiu que a Resistência está em combate contra os extremistas, e manifestou otimismo de que dia vira quando não haverá mais terroristas no Líbano, nem nas áreas de fronteira.
Parem de inventar brigas com o Exército Libanês
Mas, segundo Sua Eminência, "certas forças políticas libanesas lançaram campanha de propaganda de intimidação antes e depois da batalha de Qalamoun. Perdem tempo, porque nada conseguirá enfraquecer a determinação da Resistência."
Sua Eminência desmentiu também comentários segundo os quais o Hizbullah estaria tentando envolver o Exército Libanês na batalha de Qalamoun.
"A Resistência aprecia e respeita o Exército Libanês e sua liderança, e tem cuidado para mantê-lo longe de qualquer conflito em Qalamoun" - disse ele, garantindo que "Enquanto houver terroristas nos arredores de Arsal e em áreas remanescentes de Qalamoun não podemos dizer que a segurança seja completa."
"Os que sequestraram e mataram soldados do exército libanês, que assaltaram postos militares e áreas residenciais no Bekaa, detonaram carros bombas em diferentes áreas do Líbano e ocuparam fatias de territórios libaneses em Arsal são terroristas."
Aos que têm defendido os chamados 'rebeldes', Sayyed Nasrallah enviou mensagem clara: "Se a referência política daqueles grupos é a Arábia Saudita, Frente Nusra e o "
ISIL", e as cortes libanesas bem como a comunidade internacional consideram-nos terroristas, por que há forças políticas legais no Líbano que lhes dão apoio?"
Respondendo a notícias fortemente exageradas, divulgadas pela mídia, sobre o número de mártires na batalha de Qalamoun, Sayyed Nasrallah revelou que "até aqui, foram martirizados 13 combatentes do Hizbullah membros da Resistência
Mujahideen. E o Exército Sírio e as unidades da mobilização de resistência popular síria somados, perderam sete combatentes."
"Em Qalamoun, misturaram-se o sangue sírio e o sangue libanês, no combate contra os grupos
takfiri." [...]
"A situação no Bahrain é miserável"
No plano regional, Sayyed Nasrallah informou que a situação dos prisioneiros nas cadeias e prisões no Bahrein é miserável.
"A situação nas prisões no Bahrain é muito difícil, não só no que tenha a ver com desrespeito aos direitos humanos mais básicos. O que está acontecendo lá é terrível, e é consequência do silêncio internacional" - disse o secretário-geral do Hezbollah. - "Os bahrainis têm de encontrar forças e resistir contra o regime opressor e o silêncio da comunidade internacional."
Os crimes dos sauditas
Sobre a agressão ao Iêmen comandada por EUA-sauditas, Sua Eminência repetiu a condenação contra a brutalidade dos atacantes, destacando que nem com toda a violência conseguiram alcançar qualquer dos seus objetivos. "Riad só obtém fracasso sobre fracasso".
"A agressão não alcançou seus objetivos, fracassou em todos os objetivos que trazia: "a agressão pelos sauditas só consegue assassinar, destruir, brutalizar e destruir locais sagrados."
Sayyed Nasrallah disse que "nem os criminosos e bárbaros sionistas destruíram os locais sagrados. Os sauditas não respeitam nenhum limite."
Sua Eminência observou que a guerra dos sauditas é a comprovação de que o Irã é o principal aliado dos iemenitas, e que todos os países da coalizão saudita são inimigos do Iêmen. Na conclusão, Sayyed Nasrallah conclamou a nação libanesa a envidar todos os esforços ao seu alcance, para pôr fim à agressão saudita contra o Iêmen. *****
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