quinta-feira, 17 de julho de 2014

Israel cessará genocídio em Gaza seis horas hoje a pedido da ONU

Israel cessará genocídio em Gaza seis horas hoje a pedido da ONUPDFImprimirE-Mail
  
Imagen activaGaza, 17 jul (Prensa Latina) O Governo israelense aceitou o cessar fogo de seis horas dos bombardeios contra a Faixa de Gaza, que até o momento causou a morte a 223 pessoas, 80% mulheres e menores.
Estatísticas oficiais estimam em mais de 1.300 os feridos por disparos de mísseis ar-terra da aviação de Tel Aviv contra a população civil.

A trégua estará em vigor entre 10:00 e 16:00 (08:00-14:00GMT), enquanto no Cairo continuam negociações para a conclusão de um armistício, que nesse momento parece distante devido à diferença entre posturas.

Tarde da noite de ontem, o presidente palestino Mahmoud Abbas se reuniu no Cairo, capital egípcia, com o membro do Birô Político do Hamas Musa Abou Marzouk para avaliar a crise na.

Abbas viajou ao Egito para se reunir com o presidente Abdel Fattah Al Sisi, quem propôs na terça-feira passada uma trégua, recusada pelo Hamas por vários motivos, entre eles ter sido informado sobre a trégua de maneira indireta.

As relações entre Al Sisi e o Hamas são tensas, já que o primeiro acusa o movimento islamista palestino de prover armas e apoio em homens aos grupos armados que atacam oficiais e sedes dos ministérios de Defesa e Interior em seu país.

Os líderes do Hamas colocam como condição a qualquer acordo, em primeiro lugar, a retirada dos tanques e tropas concentrados por Israel perto das fronteiras, levantamento do bloqueio de mais de sete anos, libertação dos palestinos detidos durante as últimas semanas e reabertura de todos os postos fronteiriços.

Outras reivindicações incluem a eliminação das restrições de pesca, cumprimento das normas de tratamento aos palestinos presos, reabertura do porto internacional e do terminal aéreo de Gaza, liberdade de passagem para orar em Jerusalém e a não ingerência nos assuntos internos palestinos.

O último ponto se refere à reabertura da passagem de Rafah, entre Gaza e Egito, sob supervisão de forças de países árabes e amigos.

A vasta lista de reivindicações exige uma negociação complicada, por esse motivo é possível que, se as negociações sobreviverem, serão prolongadas, assim como os bombardeios.

Para a direção do Hamas e entidades aliadas é óbvio que entre os objetivos de Israel estão destruir o acordo de reconciliação assinado com Al Fatah, o órgão majoritário na Organização para a Libertação da Palestina, que deu abertura à formação de um Governo de unidade nacional.

Nessas circunstâncias, é improvável que a espera de 10 horas seja suficiente, o que coloca no horizonte novas jornadas de bombardeios indiscriminados israelenses contra a Faixa, perante os quais, a comunidade internacional permanece indiferente.

Apesar de sua desvantagem no enfrentamento a um dos 10 exércitos mais poderosos do mundo, possuidor da armas atômicas, os movimentos em Gaza estão convencidos de que um acordo parcial só servirá para livrar Israel da pressão da opinião pública mundial por seus abusos.

tgj/msl/cc
Modificado el ( jueves, 17 de julio de 2014 )
Anterior Proxima Inicio

0 comentários:

Postar um comentário